20 setembro 2011

Analistas veem Anhanguera como grande consolidadora do ensino superior

Após a aquisição das unidades ligadas à Uniban, a Anhanguera (AEDU3) passa a ser considerada por analistas como o maior ator na consolidação do mercado de ensino superior no Brasil.

Santander, Planner e Credit Suisse também apontam para as sinergias positivas que podem ser atingidas com o aumento da presença do grupo em São Paulo, já que nove dos campi estão localizados na região metropolitana da capital paulista.

Riscos
David Gewehr e Bruno Giardino, do Santander, citam que os principais riscos para se investir nas ações da companhia, em referência à aquisição, são a execução das sinergias, o ambiente de competição e a alta dependência de um cenário macroeconômico favorável. Um grande ponto positivo é o cumprimento das projeções de novos alunos para o ano, de 80 mil – com as aquisições, o número chegou em 99,5 mil.

Mesmo assim, a corretora indica a compra dos papéis da Anhanguera, fixando um preço-alvo em 12 meses de R$ 52. Isso indicaria um potencial técnico de valorização de 105,53% em relação ao fechamento de 19 de setembro.

Já Francisco Kops, da Planner, se mostra cauteloso quanto à incorporação da Uniban. “O maior desafio será agora focar nas consolidações das aquisições recentes e mostrar resultado, que foi fraco nos últimos trimestres”, lembra o analista. Desde a abertura de capital, a empresa já comprou aproximadamente 40 instituições de ensino.
O especialista indica uma posição neutra em relação à Anhanguera – quem estiver em posição acionária deve manter, e quem ainda não estiver, não deve entrar. A Planner, assim, prefere esperar os próximos balanços trimestrais.

Impacto no balanço
A adição de 55 mil novos estudantes após a compra deve impactar a receita apresentada pela companhia nos próximos resultados. Natalia Laçava e Luiz Otavio Campos, do Credit Suisse, mostram um salto anual de R$ 1,2 bilhão ao fim de 2011 para R$ 1,87 bilhão no ano seguinte.

Já o lucro líquido é esperado em R$ 225 milhões e R$ 350 milhões nos mesmos períodos, indicando perdas pelos custos que serão arcados com a operação. Um movimento que pode diluir essas despesas é a venda de três imóveis que também pertenciam à Uniban, que valeram R$ 128 milhões no total. “Esperamos que a Anhanguera os revenda”, afirma o relatório do banco.

Assim, os analistas indicam uma tendência de desempenho acima do mercado para os papéis (outperform). O preço-alvo indicado é de R$ 50 para os próximos 12 meses, o que traria um upside de 97,63% comparando-se com a cotação da véspera.
Fonte:InfoMoney20/09/2011

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