26 julho 2011

Sites brasileiros começam a abrir operações fora do País

ViajaNet acaba de inaugurar filial no México, enquanto o site de compras coletivas ClickOn abriu operações na Argentina

As operações brasileiras de internet começam a se internacionalizar após receberam capital de fundos de investimentos. A ViajaNet, agência de viagens online, acaba de abrir uma base no México, sua primeira operação fora do País, e prevê abrir unidades na Argentina, Colômbia e Venezuela.

O ClicKOn, site de compras coletivas, chegou no início deste ano à Argentina. No país, o site brasileiro oferece descontos em hotéis, restaurantes, bares, shows, passagens aéreas em 18 cidades, como Buenos Aires, Mar del Plata, Córdoba e Bariloche.

No Brasil, os sites nacionais já concorrem com operações estrangeiras de internet, que vieram ao País atraídas pelo crescimento de mais de 30% ao ano do comércio eletrônico. A ViajaNet disputa mercado com o Decolar, fundado na Argentina, e o ClickOn compete com o site de compras coletivas Groupon, sediado nos Estados Unidos.
Lançado há apenas um ano, o Viajanet recebeu neste mês um aporte de capital de US$ 19 milhões de dois fundos americanos, o Redpoint Ventures e o General Catalyst. Esta foi a terceira rodada de investimentos na companhia, que já havia obtido recursos do TID (Travel Investment Development) e do fundo espanhol IG Expansión.

Segundo Alex Todres, sócio fundador da ViajaNet, o setor de venda de passagens e pacotes online vai apresentar forte crescimento no Brasil com a realização da Copa do Mundo e Olimpíada, superando a expansão do próprio mercado de internet.

Barreira de entrada

“A barreira de entrada no segmento de viagens é bem maior que em outros setores da internet, como compras coletivas”, afirma Todres. Essa barreira torna as operações brasileiras, como a ViajaNet, mais atraentes aos fundos de investimentos.

“Nesse segmento, é necessário um grande investimento em tecnologia. Estamos conectados a 500 companhias aéreas, o que torna bem mais difícil a entrada de concorrentes”, diz o empresário. No segmento de compras coletivas, por exemplo, nasce um site por semana, mas o mesmo não acontece no segmento de viagens.

A expansão internacional também é mais difícil à medida que tanto os destinos como as companhias aéreas são diferentes em cada país. “Estamos montando no México uma operação local, com equipe própria”, diz Todres.

A ViajeNet espera faturar cerca de R$ 200 milhões em 2011. Em 2010, as vendas do site totalizaram apenas R$ 55 milhões.
Fonte:iGSãoPaulo26/07/201

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