Com R$ 300 milhões no cofre, fruto da abertura de capital realizada em março, a International Meal Company (IMC) decidiu apostar na Colômbia.
Hoje a empresa anuncia a assinatura de contratos para abrir restaurantes em três aeroportos operados pela Airplan, dois em Medellín e um em Montería. A concessão garante à IMC até 2.022 uma área total de 1.330 metros quadrados.
A investida soma-se à aquisição recente no país, por R$ 6,5 milhões, da Aeroservicios de La Costa, que fornece refeições para companhias aéreas. Com a compra, a IMC herdou exclusividade no serviço em quatro aeroportos do país e três clientes: Avianca, Copa e American Airlines. “A partir do momento em que você tem direito de explorar o serviço, acaba fechando contratos com outras companhias aéreas”, afirma o diretor de relações com investidores da IMC, Gonzalo Cardoner.
A IMC, para agilizar a expansão na Colômbia, quer fazer mais uma aquisição, de uma rede local de restaurantes.
A Aeroservicios de La Costa é dona das marcas de restaurante Presto e Palmeto Café, que devem fazer parte do mix de lojas da IMC nos aeroportos colombianos. Elas vão dividir espaço com a marca brasileira Viena. Esta bandeira, fundada pelo empresário Roberto Bielawski e vendida ao fundo de private equity Advent em 2007, deve ter pelo menos duas lojas na Colômbia até o fim do ano. O fundo Advent controla a IMC.
O Viena colombiano vai se concentrar em pratos locais, mas não perderá o colorido brasileiro. A ideia é que 30% do cardápio seja de comidas típicas do Brasil como o pão de queijo, vendido no Viena de San Juan, em Porto Rico.
A aterrissagem da IMC na Colômbia vai muito além do segmento de aeroportos. “Mais do que lojas novas, queremos replicar o mesmo modelo de negócio que fizemos no Brasil”, diz o principal executivo da IMC, Javier Gavilán. A ideia é oferecer serviços de alimentação em aeroportos, rodovias e shoppings. Como aqui, a empresa vai priorizar mercados cativos, em que a concorrência limitada favorece a rentabilidade.
Frango Assado, marca da IMC nas estradas brasileiras, ainda não tem data para chegar ao país, mas é uma das principais apostas do grupo. “As rodovias colombianas não têm serviços. Você viaja 200 quilômetros e não vê banheiros e lojas de conveniência”, diz Gavilán.
Sua expectativa é que as operações colombianas, quando consolidadas, passem a responder por 5% da receita da IMC. Hoje 80% das vendas estão concentradas na operação brasileira, mas a ideia é reduzir um pouco essa parcela, para cerca de 75%.
A expansão na América Latina é um ponto crucial da estratégia da companhia em 2011. Além do Brasil, a IMC tem lojas no México, em Porto Rico e na República Dominicana, quase todas em aeroportos. “Nossa estratégia internacional começa sempre por aeroportos porque esse é o segmento mais seguro, mais cativo e de maior rentabilidade”, explica Cardoner.
Em busca de novas portas para os negócios, a IMC tem feito pesquisas de mercado nos aeroportos da América Latina com mais de 1,5 milhão de passageiros.
“Detectamos vários países interessantes. Estamos agora focados na Colômbia, mas já temos outros dois ou três países em vista para começarmos a operar a partir do ano que vem”, informa Gavilán.
Fonte: ValorEconômico26/07/2011
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