O Brasil pulou do 15.º lugar, em 2009, para 5.º no ranking dos países que mais receberam investimentos estrangeiros diretos (IED) em 2010, segundo relatório da Unctad (agência da ONU para o comércio e o desenvolvimento) divulgado ontem.
Os investimentos externos no Brasil aumentaram 84,6% em 2010 na comparação com o ano anterior, totalizando US$ 48,4 bilhões, de acordo com o estudo Investimento no Mundo 2011 da Unctad.
Em 2009, por causa da crise econômica internacional, o volume de IED no Brasil recuou 42%, uma queda acima da média mundial naquele ano. Em 2010, os Estados Unidos lideraram novamente o ranking do estudo da Unctad, com ingresso de US$ 228 bilhões em investimentos diretos estrangeiros, o que representou alta de 49%.
China e Hong Kong são classificados de maneira distinta e ocupam, respectivamente, o segundo e o terceiro lugares, com IED de US$ 106 bilhões e US$ 69 bilhões. Em quarto lugar, ficou a Bélgica, com US$ 62 bilhões.
O salto do IED no Brasil em 2010 foi impulsionado pela entrada de mais de US$ 15 bilhões em dezembro, dos quais US$ 7,1 bilhões se referem à venda de 40% da unidade brasileira da companhia espanhola Repsol ao grupo chinês Sinopec.
O IED representa investimentos voltados para a produção, como a criação de fábricas e diversas operações empresariais internacionais, como fusões e aquisições, compra de participações acionárias, empréstimos para filiais e reinvestimento dos lucros. De acordo com o relatório, os investimentos estrangeiros diretos na América Latina e no Caribe em 2010 se concentraram em operações realizadas por multinacionais asiáticas dos setores de petróleo e gás, principalmente chinesas e indianas.
Fonte:OEstadodeSP27/07/2011
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