O novo gigante no comércio de bens duráveis com um faturamento bruto de R$ 18,1 bilhões, contará com 1.015 lojas, 68 mil funcionários, 43 centros de distribuição e presença em 18 estados e deverá atender todas as classes sociais, de A, a mais alta, à E, a menor. Os supermercados foram excluídos dessa associação. O faturamento anualizado do Grupo Pão de Açúcar (2008) com Ponto Frio e Casas Bahia é de cerca de R$ 40 bilhões.
A expectativa é de que as sinergias entre o Grupo Pão de Açúcar e a Casas Bahia girem em torno de R$ 2 bilhões. A competitividade da nova empresa acontecerá em termos de centralização do poder de compras com os fornecedores; a integração dos centros administrativos, logísticos e de Tecnologia da Informação (TI); unificação das plataformas de e-commerce; ganhos de escala com propaganda; e potencialização dos serviços financeiros. Existem cerca de 100 lojas da Casas Bahia e do Ponto Frio que são conflitantes, em uma mesma rua ou shopping center e há a possibilidade, de quando estiveram localizadas em imóveis contíguos, de serem unificadas, adotando uma marca ou outra, conforme o público do local.
A operação vai dividir as Casas Bahia em duas subsidiárias: uma delas ficará com todos os imóveis de propriedade da empresa (estimados em R$ 2 bilhões), 75% da fabricante de móveis Bartira (que valem cerca de R$ 240 milhões), uma parcela da carteira de crédito no valor de R$ 1,067 bilhão e outros ativos não operacionais avaliados em R$ 200 milhões. Estes ativos ficarão com a família Klein. Além disso, a companhia vai transferir uma dívida de curto prazo com fornecedores, de R$ 950 milhões, para a nova empresa. Farão parte da segunda subsidiária, além deste débito, os ativos operacionais, os 25% restantes da Bartira, contratos de locação e de fornecimento de móveis. Essa empresa, chamada de Nova Casas Bahia, se juntará aos ativos de Ponto Frio e Extra Eletro para o nascimento da nova companhia.
O patrimônio da nova empresa a ser formada está avaliado em R$ 3,8 bilhões. Pão de Açúcar vai deter 51% de participação (R$ 1,93 bilhão), contra 49% das Casas Bahia (R$ 1,86 bilhão).
Esta associaçao reforça a tendência de fusões e aquisições por parte dos concorrentes. Novas fusões no varejo deverão ocorrer nos próximos meses envolvendo redes regionais. Entre os pricipais players estão a redes Lojas Americanas, Magazine Luiza, Carrefour e Walmart.
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