Ex-CEO da General Electric falou que momento exige: (i) rédea curta e dinheiro em caixa; (ii) comunique para onde a empresa vai; (iii) manutenção de talentos e (iv) comprar o concorrente.
Jack Welch, o ex-CEO da General Electric e especialista em carreira executiva, foi o principal keynote desta segunda-feira (17/11) do CA World. Reconheceu que esta é uma das piores crises pelas quais o mercado financeiro já passou, mas não vê como um beco sem saída.
Aos CEOs que estão enfrentado no dia-a-dia os problemas gerados pela crise, ele disse ter apenas quatro conselhos. “Antes de mais nada, assuma de fato o controle de sua empresa e mantenha a casa em ordem, o que significa ter dinheiro em caixa”, disse.
O segundo conselho foi adotar a comunicação de forma exagerada. “Neste momento, sua equipe está preocupada com o futuro. Ela precisa saber claramente para onde a empresa vai, de que forma e quais são seus objetivos”.
Em terceiro lugar, Welch disse que os executivos têm que estar certos de contar com o melhor time, e fazer de tudo para mantê-lo. “Este é seu principal ativo neste momento, você precisa cuidar dele”.
Por último, o executivo disse que as empresas precisam encarar a competição de frente. “Não há meio termo, ou você derruba seus concorrentes, ou você os compra. E agora é o momento de comprar. Se você não tem dinheiro em caixa para isso, contrate os melhores profissionais de seus concorrentes”, afirmou.
19 novembro 2008
09 novembro 2008
Crises & Ações.
Muito se tem lido a respeito de recomendações para as empresas diante dos impactos da crise financeira internacional, que ainda não está clara sua verdadeira extensão.
Sabe-se que a crise é democrática, pois atinge empresas nacionais ou multinacionais, públicas ou privadas, pequenas ou grandes, e os possíveis avisos prévios não foram suficientemente entendidos por todos. Gerenciar crise é complexo e significa enfrentar ameaças corporativas, reconhecer seu potencial de agravamento e de se ter um plano de ação para evitá-las ou mitigá-las de forma rápida e eficaz. Algumas empresas foram impactadas com muita intensidade. Por conta disso, estão comunicando ao mercado algumas providências no sentido de se adequar a uma nova realidade.
De modo geral tem se destacado medidas de cortes de despesas que vão desde suspensão dos contratos com terceirizados, demissões de pessoal, pressão para que os fornecedores concedam descontos em seus preços mediante concessão de percentual de redução, reescalonamento de endividamento, etc.
E nestas horas a comunicação tem sido reforçada como forma de demonstrar junto ao público credibilidade da empresa na gestão de enfrentamento. Algumas têm divulgado ações pontuais. Outras, verdadeiros manuais, segregando por conjunto de ações consoante grau de entendimento para o público interno/externo e dimensão da urgência e gravidade.
Quando são voltadas aos colaboradores, as medidas trazem como conseqüência a suspensão de: contratação de consultoria externa e de pessoas externas; movimentações ou recrutamento interno; promoções; novas transferências entre unidades; "zerar" banco de horas; cancelamento de programas de estagiários.
Já em relação à área de informática, as providências incluem: suspensão da aquisição de novos hardwares, softwares; suspensão das ações de melhoria de TI; redução de custos comunicação – telefonia, impressão, etc.
Quanto à área de comunicação e marketing, as medidas envolvem a suspensão: de eventos como convenções e confraternizações; de treinamentos externos, participações em congressos, simpósios e outros, que demandem custos; confecção de brindes, de novas ações de marketing ou comunicação; de reformas de layout e de qualquer tipo de doação ou patrocínio.
Internamente, por sua vez, as medidas têm mais repercussão quanto ao “clima” de austeridade do que aos ganhos financeiros propriamente ditos. Nesse grupo se incluem a redução de despesas de viagem, desde a utilização de táxi até as passagens áreas; redução de eventos externos como reuniões, workshops que representem custos de hotelaria e viagens, etc.
Por fim, algumas empresas além de tomar várias das providências acima têm aproveitado e vendido parcela significativa de seu controle acionário. Quando não todo.
É bom lembrar Winston Churchill “Um pessimista vê uma calamidade em cada oportunidade; um otimista vê uma oportunidade em cada calamidade”