25 maio 2019

Com ou sem crise, vamos investir R$ 3 bilhões por ano

João Miranda, CEO do Grupo Votorantim

Com presença em 19 países e negócios que vão do cimento à tecnologia da informação, o conglomerado que tem um século de vida planeja crescer ainda mais

Depois de completar seu primeiro centenário em 2018, o grupo Votorantim, comandado pelo executivo João Miranda, dá início a um novo planejamento de longo prazo. E começou bem. No primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou lucro líquido de R$ 4,4 bilhões, contra R$ 150 milhões no mesmo período de 2018.

O segredo, segundo Miranda, foi não deixar de investir mesmo em momentos de crise. “O fato de termos negócios no Brasil e no exterior ajudou muito”, diz o presidente. O grupo, que atua nos setores de bancos, cimento, energia e agronegócio, está em uma fase de análise para novos projetos dentro de um investimento de R$ 3 bilhões por ano.

DINHEIRO – Qual foi a estratégia do grupo Votorantim para equilibrar os negócios e conseguir resultados positivos mesmo em tempos de crise?
JOÃO MIRANDA – O fato de termos negócios no Brasil e no exterior ajudou muito a equilibrar. É claro que, dentro de uma década, é natural a economia passar por uma crise financeira global ou, como ocorreu aqui, pela maior recessão da história brasileira. Esses fatores influenciaram, sim, os nossos balanços por algum tempo, mas a chave foi não deixar de investir na modernização e onde havia demanda crescente. A gente conseguiu, a partir da holding, e com a participação de todas as empresas do grupo, engajar todo mundo nesse processo de inovação, competitividade e desenvolvimento de pessoas. Tudo isso, somado ao nosso compromisso financeiro de restaurar os dividendos, ajudou a desalavancar a companhia e nos deixou prontos para crescer no meio da turbulência....

DINHEIRO – Há intenção de abertura de IPO de alguma das empresas?
MIRANDA – Existem várias boas candidatas para isso, mas no futuro e tudo ao seu tempo. Gosto da ideia do IPO porque dá flexibilidade de capital para as companhias, aumenta a supervisão e eleva o nível de governança. Tudo isso é muito bacana, mas tem o seu momento certo para acontecer.
.. .. Leia mais em istoedinheiro 24/05/2019

25 maio 2019



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