08 maio 2019

BR Properties segue ativa na compra e venda de ativos

A BR Properties pretende se manter ativa nas pontas compradora e vendedora de ativos neste ano, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores, André Bergstein. Tem havido, na avaliação do executivo, mais alinhamento de expectativas de preços entre compradores e vendedores.

A companhia está em fase de conclusão da venda do edifício Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, por R$ 264 milhões, e estima finalizar, até meados do ano, a comercialização de prédio na Avenida Paulista, em São Paulo, por R$ 405 milhões. No primeiro trimestre, a BR Properties comprou da Hemisfério Sul Investimentos (HSI) o edifício corporativo Torre Aroeira, em desenvolvimento no Parque da Cidade, na capital paulista, por R$ 596 milhões.

Nas aquisições, a BR Properties tem como estratégia aproveitar oportunidades de compra de prédios de escritórios com padrão triple A em São Paulo - nas regiões da Paulista, da Faria Lima, da Juscelino Kubitschek, da Berrini e da Chucri Zaidan - e no centro do Rio de Janeiro, além de galpões. "Por outro lado, fazemos a reciclagem de ativos que já geraram um ciclo positivo para a companhia", diz Bergstein.

O executivo ressalta que, nas regiões centrais do mercado paulistano de escritórios, a taxa de vacância tem caído, e a oferta prevista para os próximos anos é muito menor do que a dos últimos cinco anos. "A tendência é de alta dos preços de locação", diz.

No primeiro trimestre, o prejuízo líquido da BR Properties cresceu 14,5%, na comparação anual, para R$ 167,9 milhões. A perda resultou, principalmente, do efeito não caixa de R$ 138,3 milhões da reversão do imposto diferido sobre a variação cambial na recompra do bônus perpétuo denominado em dólares.

No primeiro trimestre, a BR Properties resgatou, antecipadamente, o total de US$ 185 milhões (R$ 726,2 milhões) dos seus títulos de dívida perpétuos, para reduzir o custo médio de sua dívida e eliminar a exposição à volatilidade cambial. "A volatilidade do câmbio é ruim, e não temos receita em dólar", diz o executivo.

O bônus perpétuo foi emitido em 2010, com valor de US$ 285 milhões, dos quais US$ 100 milhões tinham sido resgatados em 2016. Segundo Bergstein, esse instrumento de dívida possibilitou que a companhia realizasse aquisições e fortalecesse seu balanço.

A receita líquida teve queda de 9%, para R$ 98,3 milhões. .. Fonte:Valor Econômico  Leia mais em portal.newsnet 08/05/2019

08 maio 2019



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