26 janeiro 2019

Mark Zuckerberg explica modelo de negócios do Facebook

Cofundador da rede social publicou artigo sobre o assunto em diversos jornais do mundo

Executivo máximo da rede social fala sobre dados, anúncios e conteúdo (Crédito: Divulgação)
Na quinta-feira, 24, o cofundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, escreveu um artigo distribuído para vários jornais, entre eles o Wall Street Journal e o Le Monde. No Brasil, o conteúdo foi publicado pela Folha de S.Paulo. No texto, intitulado como “Um olhar sobre o modelo de negócio”, o executivo máximo da rede social fala sobre privacidade de dados, monetização e anúncios na plataforma. Com o cenário recente de vazamento de informações e mais a implementação da GDRP, o material soa como uma espécie de statement da companhia. “Nos últimos tempos surgiram muitas perguntas obre nosso modelo econômico, por isso quero esclarecer a forma como funcionamos”, escreveu Zuckerberg.

Em sua visão, a única maneira de fazer com que o Facebook seja acessível a todos é oferecendo serviços gratuitos, e isso só é possível em razão do investimento dos anunciantes na plataforma. “As pessoas sempre nos dizem que, se vão ver anúncios, querem que eles sejam relevantes para elas. Isso significa que precisamos entender no que elas estão interessadas”, afirma.

Se por um lado o executivo admite que os anúncios se baseiam nos dados de comportamento dos usuários com o intuito de atingir o alvo, ele também pondera que a rede social tem feito esforços para que o próprio consumidor tenha maior e melhor controle sobre os anúncios que verá na plataforma. “Você pode saber por que está vendo um anúncio e mudar suas preferências para receber anúncios que sejam mais interessantes para você. E você pode usar nossas ferramentas de transparência para ver todas as propagandas que um anunciante está fazendo, mesmo que você não seja o público-alvo daquela campanha”, explica.

No texto, Zuckerberg deixa clara, inclusive, a sua preocupação com a reputação da empresa no que se refere a privacidade de dados. “Não vendemos dados das pessoas, apesar de isso ser dito com frequência. Na verdade, vender informações das pessoas seria contrário aos nossos interesses de negócio, porque isso reduziria o valor do nosso serviço para anunciantes. Temos um forte incentivo para proteger as informações das pessoas de serem acessadas por qualquer outra pessoa”, diz.

Outro ponto abordado no artigo foi o nível de conteúdo que circula pela plataforma e o quanto ele pode ser nocivo para as pessoas. O cofundador do Facebook disse que procura filtrar conteúdo impróprio por dois motivos: as pessoas não querem ver e, além disso, os anunciantes não estão dispostos a atrelar as suas marcas com esse tipo de material. “A única razão pela qual conteúdos ruins estão disponíveis é porque as pessoas e os sistemas de inteligência artificial que usamos para revisá-los não são perfeitos –não porque temos um incentivo para ignorar esses conteúdos. Nossos sistemas ainda estão evoluindo e melhorando”, concluiu.

Para Marcos Giovanella, especialista em estratégias digitais e diretor executivo da Queen, empresa focada em análise de dados, machine Learning e estatística inferencial, Mark Zuckerberg fez um discurso coerente, apesar de ter aberto pouca coisa a respeito de seu modelo de negócio. “Em primeiro lugar, proteger os dados faz sentido, já que se ele fornece isso a alguém rapidamente os seus concorrentes vão usar para enriquecer as suas próprias bases. No entanto, sobre privacidade, o usuário comum ainda é pouco educado sobre o assunto. O percentual de gente que vai até as configurações para ajustar essa questão é muito baixo. E, por outro lado, se todo mundo deixar o perfil mais privativo, em tese a plataforma fica sem muitos dados. Na minha opinião, ele deu esse statement para acalmar os ânimos das pessoas que estão preocupadas com a questão da privacidade”, analisa... Leia mais em meioemensagem 25/01/2019
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Interpublic compra agência digital Cappuccino

Aquisição reforça atuação da rede de relações públicas Weber Shandwick no Brasil

O Grupo Interpublic comprou o controle acionário da agência digital brasileira Cappuccino, que tem sede em São Paulo e atua no mercado há 19 anos, atendendo clientes como Ajinomoto, Arcor, Citi e Boeringher Ingelheim. A empresa manterá sua equipe de 60 funcionários, continuará usando a mesma marca e preservará sua atuação independente, mas agora como parte da rede de relações Weber Shandwick.

Os quatro sócios da Cappuccino se mantêm à frente da agência: Eduardo Coelho (CEO), Vitor Elman (vice-presidente de criação), Ana Paula Morales (vice-presidente de operações) e Rodrigo Martinez (vice-presidente de mídia).

“A aquisição da Cappuccino reforça o movimento da Weber Shandwick de deixar de ser uma agência de relações públicas para se tornar uma agência de engajamento. É preciso entender o desafio dos negócios para entregar uma ideia completa, não isolada ou pontual. E a Cappuccino incrementa nossa atuação em conteúdo criativo e engajamento digital”, resume Everton Schultz, vice-presidente executivo da Weber Shandwick Brasil. Segundo ele, a negociação foi iniciada há dois anos e há um cliente comum, a Boeringher Ingelheim.

A Weber Shandwick Brasil é comandada pelo CEO Zé Schiavoni, que em 2010 uniu a sua S2 com a carioca Publicom. Em 2011, a S2 Publicom foi vendida para o Interpublic e no ano passado a agência adotou a marca global Weber Shandwick. Curiosamente, a Cappuccino também é resultado de uma fusão, entre a Cappuccino, de Vitor Elman, e a HZTA, de Eduardo Coelho e Ana Paula Morales.
“Avaliamos outras agências e com a Cappuccino houve um encontro de culturas. Ambas têm foco em relação de longo prazo com seus clientes”, observa Schultz. “Há sinergia no trabalho de comunicação e digital, como parte do engajamento pretendido para os clientes, e com o ganho de relevância para a mídia espontânea e os influenciadores”, acrescenta Elman.

A aquisição da Cappuccino no Brasil integra um plano de expansão global da Weber Shandwick, que passou pela compra da sueca Prime, em 2014; da especializada em saúde ReviveHealth e da agência londrina focada em mobile Flipside, em 2016; e, no ano passado, das digitais Bomoda, da China, e Resolute, de Nova York. Leia mais em meioemensagem 15/05/2018



26 janeiro 2019



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