30 novembro 2018

Stefanini planeja crescimento na Europa com aquisição de startups

Multinacional deve anunciar aquisição de duas jovens empresas de marketing digital estrangeiras no início de 2019

A multinacional brasileira Stefanini divulgou nesta sexta-feira (30/11) que prevê um faturamento global de R$ 3 bilhões em 2018, o que representa um crescimento de 7% em relação a 2017 (R$ 2,8 bilhões). Por conta da crise, o resultado no Brasil se manteve estável diante do ano passado. Os negócios da América Latina como um todo tiveram alta de 25%, impulsionados pelo avanço do Peru e da Colômbia.

Segundo Marco Stefanini, CEO global da empresa, apesar de o Brasil não ter avançado em faturamento este ano, a empresa registrou importantes aquisições de startups no período — entre elas a Intelligenti, voltada à gestão de ações trabalhistas; a Magma, de tecnologia para o setor de saúde; e a Estatística Segura, de análise preditiva.

"Se quisermos crescer na área digital, não temos outra opção a não ser comprar empresas pequenas. Nossa meta não é ter um unicórnio no grupo, mas se ele vier melhor", afirma Stefanini.

Com a experiência no Brasil, a empresa agora planeja dar os próximos passos na Europa. Segundo o CEO, ainda em 2019 a multinacional vai anunciar a compra de duas startups de marketing digital (ainda não reveladas) no continente, com o "objetivo de globalizar as soluções digitais da Stefanini no mundo todo".

"A empresa migrou da área de TI para a de customer service (serviço ao cliente) no Brasil. Amadurecemos do ponto de vista digital e estamos confortáveis para dar os próximos passos no exterior", diz o CEO, que criou a multinacional em 1987 na sala de estar de sua casa.

Com 24 mil funcionários, metade deles no Brasil, a multinacional prevê um crescimento global de dois dígitos em 2019, resultado das aquisições realizadas neste ano e as que serão feitas na Europa.

De acordo com Stefanini, novas empresas devem ser compradas no Brasil, para que a empresa continue inovando. "Nossa expectativa é investir R$ 300 milhões em aquisições nos próximos três ou quatro anos", afirma. E, para isso, ele não descarta a entrada de novos sócios, tampouco um IPO num futuro próximo.

Para o empresário, a mudança de governo também traz novas perspectivas ao setor empresarial. "O ano que vem deve ser de emoção, mas vai ser positivo principalmente nas relações comerciais. Os EUA serão um bom parceiro. Não podemos ficar só nas commodities".

Vale destacar que os EUA são o segundo maior país em presença global da Stefanini, atrás apenas do Brasil. POR PATRÍCIA BASILIO Leia mais em epocanegocios 30/11/2018

30 novembro 2018



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