09 outubro 2018

Em alta investimento corporativo no País

Startups brasileiras estão na mira de grandes empresas para oferecerem soluções tecnológicas

O cenário brasileiro de investimento corporativo está aquecido e vai crescer. As tendências são múltiplas e vão desde tecnologias para construção até saúde e gestão. Startups brasileiras estão na mira de grandes empresas para oferecerem soluções tecnológicas. “No Brasil, as grandes empresas estão investindo e ampliando sua participação no contato com startups: um salto de 363 empresas em 2011 para mais de 1.800 em 2017”, ressalta o britânico James Mawson, da Global Corporate Venturing, um dos parceiros do Corporate Venture in Brasil, evento realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

US$ 360 milhões para US$ 640 milhões

Para aproximar empresas, startups, soluções, fundos e investidores, o evento acontece no hotel Intercontinental, em São Paulo até hoje. Neste ano, só no primeiro semestre, mais de US$ 85 bilhões em investimentos corporativos foram registrados no mundo e o momento é ótimo também para o Brasil se consolidar na cena de tecnologia e inovação.

“No Brasil, valores de investimento corporativo em pequenas empresas superaram US$ 640 milhões, bem mais que o valor de 2017, quando foram registrados US$ 360 milhões”, enfatiza James Mawson.

Lista inclui players globais 

Entre os exemplos que ilustram o aquecimento dessa cena estão a expansão do empreendedorismo corporativo (corporate venturing) e a multiplicação de startups nos mais variados setores da economia.

A lista de grandes investidores no Brasil inclui empresas como Qualcomm, Naspers, SoftBank, Cisco, BASF, Tigre. Gerente de Investimentos da Apex-Brasil, Ricardo Santana destaca que, independentemente do desafio que temos, uma coisa é certa: o Brasil ainda é o quarto principal destino de investimentos no mundo.

Pauta consolidada 

“As multinacionais aqui instaladas estão expandindo seus investimentos, e isso é particularmente importante porque cerca de 60% do que se investe no mundo são reinvestimento. Independentemente de quem será o nosso líder, nossa pauta de investimentos esta consolidada.

É uma agenda contínua e forte”, reforça Santana, referindo-se à eleição presidencial. Diretor Administrativo do Sillicon Valley Bank, Erik Peña avalia que o Brasil tem uma economia inovadora e um mercado consumidor enorme, o que gera grande interesse das companhias globais.

Modelos para o mundo

“Os modelos de negócios que vemos aqui, sem dúvida alguma, vão se espalhar pelo mundo, inclusive os Estados Unidos”, aposta Peña.

Para o gerente do Departamento de Venture Capital e Private Equity Funds do BNDES, quando grandes empresas apoiam startups, os resultados e indicadores de mercados melhoram para ambas as corporações, que ganham em agilidade, inovação, diversificação e fortalecimento de suas atuações no mercado.

A Tigre, por exemplo, adquiriu uma startup e criou um braço de atuação em tratamento de água e efluentes. LILIANA LAVORATTI Leia mais em dci 03/10/2018

09 outubro 2018



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