13 fevereiro 2018

Copel nega 'no momento' venda de ativos de telecom

Interesse pela compra por terceira maior do País deve incluir também participação societária na Sercomtel

A Copel Telecom é considerada estratégica por ser um pacote completo, atuando também como operadora por meio da Sercomtel

A Copel Telecom negou nesta quarta-feira (7) que exista processo de venda para a TIM no momento, em resposta à reportagem do "Estado de S. Paulo" publicada no mesmo dia. Segundo o jornal, uma fonte da alta cúpula da terceira maior operadora de telefonia móvel do País afirma que falta a abertura formal do processo de venda do braço da estatal paranaense de energia para apresentar a proposta pelos ativos, entre os quais estão os 45% de ações da Sercomtel. O interesse da tele inclui ainda a Cemig Telecom.

De acordo com o "Estado", embora as empresas não estejam oficialmente à venda, os controladores da TIM já conversaram com diretores das companhias. O interesse por empresas regionais se deve ao crescimento destas no mercado de banda larga, de 11,4% em 2014 para 20,5% em 2017, de acordo com dados da consultoria Teleco, especializada no setor. Ainda, trata-se de uma alternativa para a telefônica italiana depois de tentativas frustradas de se fundir com a Oi, que está em recuperação judicial desde junho de 2016.

Por meio de nota da assessoria de imprensa, a Copel somente informou que não há processo de venda dos ativos da Copel Telecom "no momento". Também via assessoria, a TIM informou que "está sempre atenta às oportunidades do mercado, mas reafirma que no momento não há qualquer negociação em curso".

Com a empresa mineira, as tratativas estão mais avançadas e, no próximo dia 28, acionistas da companhia discutirão, em assembleia, a incorporação da tele à empresa-mãe antes de definir o modelo de venda do negócio. O processo de venda da tele paranaense não foi aberto.

Em outubro do ano passado, em entrevista ao jornal "Valor Econômico", o diretor-presidente da subsidiária brasileira da TIM, Stefano De Angelis, disse que a empresa está empenhada em crescer no serviço de banda larga fixa no Brasil, com a compra de ativos. Na ocasião, ele já havia mencionado o interesse na Nextel e na Cemig Telecom. Sobre a Copel Telecom e a Sercomtel, ele apenas disse na ocasião que várias empresas estavam no radar.

No mercado, a Copel Telecom é avaliada em torno de R$ 1 bilhão e a Cemig Telecom em cerca de R$ 200 milhões. A Copel Telecom é considerada estratégica por ser um pacote completo, por atuar também como operadora por meio da Sercomtel, possuir contratos corporativos com empresas no Estado e com a Prefeitura de Londrina, além de ser referência nacional em banda larga. Caso colocada à venda, deve atrair também o interesse de outras operadoras.

Por meio de assessoria de imprensa, os diretores da Sercomtel afirmaram que não se pronunciariam porque a empresa não faz parte da negociação. O prefeito de Londrina também foi procurado para comentar o caso, já que o Município detém 55% das ações da estatal, mas estava em viagem e não foi encontrado. Oficialmente, ambos negaram veementemente o desejo de vender a estatal londrinense. (*Com Agência Estado) Marcos Zanutto/Leia mais em folhadelondrina 08/02/2018


13 fevereiro 2018



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