12 janeiro 2018

Service IT compra empresa de cibersegurança

Especializada em outsourcing de infraestrutura, empresa adquire Defenda como parte de uma estratégia que visa quadrupliacar as receitas com defesa virtual em um intervalo de dois anos

A tradicional integradora de tecnologia Service IT anunciou a compra da empresa gaúcha Defenda, especializada em segurança da informação . O movimento faz parte da busca por receitas inovadoras empreendida pelas companhias de tecnologia.

Sediada em São Leopoldo, a adquirida já presta serviços para algumas dezenas de clientes, entre eles grandes empresas. Os valores do negócio (assinado em setembro, mas divulgado somente agora) não foram abertos, mas a Defenda possui receita anual de R$ 2,5 milhões.

“Infraestrutura vai virar commodity, então temos que entender o que o mercado quer comprar. Acredito que vamos continuar crescendo na venda de hardware e software mesmo com a tendência de migração para a nuvem, mas seria importante estar preparado caso ela seja mais rápida [que o esperado]”, afirmou o CEO da Service IT, Eduardo Gallo.

O executivo conta que o faturamento da empresa em 2017 ficou na casa dos R$ 90 milhões, um pouco menor que os R$ 100 milhões registrados no ano anterior. Do montante faturado no ano passado, 40% veio de serviços gerenciados, em nuvem ou de segurança virtual. A contribuição dos dois últimos, contudo, ainda é pequena. “Fechamos o primeiro contrato de segurança em setembro”, exemplifica Gallo. Hoje a vertical é responsável por apenas 2,5% das receitas.

“Com a Defenda esperamos que a porcentagem passe para 5% neste ano e para 10% no ano que vem”, sinaliza o mandatário da empresa, que prevê um recrudescimento de incidentes como o vazamentos e o sequestro de dados.

“Acredito que em 2018 e 2019 haverá uma onda crescente de ataques, que farão clientes investirem mais. Muitos já começaram a tirar projetos de segurança [da gaveta], o que nos chamou atenção. Há poucos casos declarados de ataque, o que dificulta a venda de soluções, mas as coisas que os empresários estão ouvindo já começam a assustar”.

Com o aumento da demanda a Service IT espera faturar R$ 120 milhões neste ano, alcançando números entre R$ 140 milhões e R$ 160 milhões em 2019. Hoje os setores financeiros (22% da receita), energia (16%), governo (14%) e varejo (10%) são os principais indutores. Com 22 anos de atuação, a empresa conta com escritórios em cinco capitais e atuação na Argentina e Chile. Entre os fabricantes distribuídos por ela estão a DellEMC e a Oracle.

Gallo admite que a venda de infraestrutura “deu uma estagnada” em 2017, mas o executivo projeta uma retomada ainda neste ano, favorecida pelo reaquecimento da economia.

Vale lembrar que a distribuição de soluções de terceiros é o modelo de negócios mais popular entre empresas de software e serviços que atuam no País: de um contingente de 15,7 mil, 40,5% está voltado para a atividade, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes). Leia mais em dci 12/01/2018

12 janeiro 2018



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