15 janeiro 2018

‘Investidores americanos e europeus voltaram a olhar o Brasil’

O BTG Pactual voltou a liderar o ranking em receita de fusões e aquisições no Brasil em 2017, totalizando US$ 15,8 bilhões em transações, segundo a consultoria Dealogic. Em número de operações, o banco de investimento ficou em segundo lugar, com 28 negócios concluídos, atrás do Itaú BBA, que fechou o ano com 45 acordos e receita de US$ 13,3 bilhões no total.

A retomada da liderança – o BTG encabeçou o topo da lista pela última vez em 2013 – é comemorada pelo banco, que atravessou forte turbulência no fim de 2015, com a prisão de seu fundador, André Esteves. Bruno Amaral, sócio da área de fusões e aquisições da companhia, diz que o ano de 2018 será promissor em termos de negócios. “Fusões e aquisições estão no DNA do BTG.”

O que impulsionou o BTG em 2017?

O ano marcou a retomada das operações de fusões e aquisições, após um período muito atípico, que foi 2016. Participamos de importantes transações, como a venda dos ativos da Vigor e da Eldorado, que pertenciam à família Batista (dona da JBS). Nestas transações, assessoramos os compradores – a mexicana Lala e a asiática Paper Excellence, respectivamente. Outra importante transação foi a venda do sistema de água São Lourenço para a chinesa CGGC (China Gezhouba Group). O banco saiu da 8.ª posição em 2016 para 1.º na lista.

Qual sua expectativa para 2018?

Enxergamos sinais claros de recuperação mais vigorosa da economia. Acredito que o Brasil terá mais operações de fusões e aquisições de grupos estratégicos e a volta de investidores financeiros. O apetite chinês continuará firme este ano, mas teremos o retorno de tradicionais investidores americanos e europeus, que ficaram ausente durante crise.

Mas ainda há muitas incertezas por conta do cenário eleitoral?

No mercado, há uma expectativa de que um candidato mais centro-direita ganhe tração e possa despontar este ano. A corrida eleitoral ainda não foi definida. Temos de aguardar até abril, data limite das filiações de candidatos.

Além dos setores de infraestrutura e energia, quais outros segmentos que deverão atrair investidores? Percebemos uma movimentação nos setores de consumo e varejo, além de agronegócios e saúde.

Com a Lava Jato, muitos ativos foram vendidos. Ainda há muitos negócios dessas empresas no mercado?
Boa parte dos ativos dessas empresas já foi vendida.  - O Estado de S.Paulo Leia mais em portal.newsnet 15/01/2018

15 janeiro 2018



0 comentários: