13 dezembro 2017

Petrobras obtém R$5 bi com IPO da BR Distribuidora; preço sai no piso da estimativa

A Petrobras levantou cerca de 5 bilhões de reais com a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua subsidiária de distribuição de combustíveis BR Distribuidora, ao precificar o IPO em 15 reais a ação.

A oferta de ações da líder do mercado de combustíveis no Brasil ficou no piso da faixa de preços, estimada entre 15 reais e 19 reais, SEGUNDO informações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quarta-feira. Isso indica que é improvável a oferta de um lote adicional posteriormente.

A operação acontece na mesma semana da precificação de outros dois IPOs (Burger King e Neoenergia).

A oferta da BR Distribuidora envolveu a venda de cerca de 335 milhões de papéis, indicando que já houve venda pela Petrobras de um volume adicional de 15 por cento em relação ao principal, que era de 291,25 milhões de ações.

O aguardado IPO da BR é parte fundamental do plano bilionário de venda de ativos da Petrobras para ajudar a reduzir o endividamento da empresa, o maior de uma petroleira no mundo --a petroleira fechou o terceiro trimestre com dívida líquida de 279,237 bilhões de reais.

A companhia, que poderia levantar até 7,5 bilhões de reais com o IPO da BR se tivesse havido maior demanda, tem um plano de desinvestimentos em 2017 e 2018 de 21 bilhões de dólares.

O total obtido com a operação ficou pouco abaixo do IPO do Carrefour Brasil, que levantou 5,125 bilhões de reais em julho, na maior operação no país em quatro anos.

A receita líquida da BR, com participação de cerca de 30 por cento no mercado de combustíveis do Brasil, somou 61,4 bilhões de reais de janeiro até setembro, segundo o prospecto do IPO.

As ações da BR Distribuidora começam a ser negociadas na bolsa paulista na próxima sexta-feira (15), sob o ticker BRDT3.SA. (Reportagem de Brad Haynes, Tatiana Bautzer e Roberto Samora) (Reuters) - Leia mais em dci 13/12/2017
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Petrobras coloca R$ 5,024 bi no caixa com IPO da BR Distribuidora

A Petrobras colocará R$ 5,024 bilhões em seu caixa com a abertura de capital da BR Distribuidora, na esteira de seu processo de desalavancagem. Com a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que atraiu forte demanda de investidores locais e estrangeiros, a petroleira se desfez de 30% da companhia. O primeiro pregão da BR será na próxima sexta-feira, dia 15, quando a ação será listada no Novo Mercado, segmento de mais elevadas exigências de governança corporativa da B3.

O preço da ação da BR foi precificada em R$ 15, no piso da faixa indicativa de preço, que foi estabelecida entre R$ 15 e R$ 19. A demanda dos investidores superou a oferta em cerca de três vezes, apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, mas as ordens predominaram com o preço mais baixo. Foram vendidas 334.937.500 ações, o que indica que além do lote principal foi alocado o lote adicional, devido à demanda. O valor da oferta ainda poderá crescer caso seja exercido o lote suplementar. Foram os coordenadores da oferta o Citi, Bank of America Merrill Lynch, BB Investimentos, Bradesco BBI, Itaú BBA, JP Morgan, Morgan Stanley e Santander.

A oferta da BR marca a maior operação na Bolsa brasileira desde 2013, quando a oferta da BB Seguridade movimentou cerca de R$ 11 bilhões. Neste ano o maior IPO era, até aqui, do Carrefour Brasil, com um giro de R$ 4,9 bilhões.

Com essa oferta, o volume neste ano de emissão de ações já se aproxima dos R$ 40 bilhões. Nesta quinta-feira, 14, serão precificadas ainda as ações de Burger King Brasil, que está com elevada demanda, e a Neoenergia, mas que deve suspender sua oferta, visto que até o momento não conseguiu atrair os investidores.

Os banqueiros passaram o dia em Nova York para concluir a operação, finalizando as conversas com os investidores estrangeiros, que, como é comum nas grandes operações, acabam levando uma fatia relevante das ofertas iniciais de ações no Brasil.

A BR chegou perto de fazer seu IPO em 2015, mas o agravamento da crise política e econômica fez com que a empresa voltasse atrás. Depois disso, a tentativa foi de uma venda direta. O ativo chamou muito a atenção de investidores financeiros e estratégicos nacionais e estrangeiros, mas houve uma pressão para que a Petrobras vendesse o controle da BR, o que não era seu desejo. Além disso, o processo chegou a ser atrasado por conta de bloqueio pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Com essa venda, a Petrobras começa a dar ritmo para atingir sua meta de desinvestimento de US$ 21 bilhões para o biênio de 2017 e 2018. Para o final do ano que vem, a meta é sair do índice de alavancagem de 5,3 vezes anotados em 2015, quando a petroleira estava no epicentro da crise, para 2,5 vezes, conforme a métrica da razão da dívida líquida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Estadão Conteúdo Leia mais em istoedinheiro 13/12/2017

13 dezembro 2017



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