13 dezembro 2017

BR Distribuidora e Burger King antecipam prazo de reserva em IPO

Perto de concluir seus IPOs (oferta inicial de ações, na sigla em inglês), a varejista de combustíveis BR Distribuidora e a rede de lanchonetes Burger King Brasil anteciparam em um dia o prazo final para que os investidores enviem seus pedidos de reserva dos papéis. O movimento se deu depois que ambas as companhias conseguiram reunir ordens de compra suficientes para garantir a realização dos IPOs antes da data limite.

Hoje, a BR Distribuidora vai fixar o preço daquele que é candidato a ser o maior IPO já realizado no Brasil desde 2013. Até o fim da tarde de ontem, a empresa contava com uma demanda por seus papéis de cerca de duas vezes a quantidade colocada à venda, segundo o Valor apurou. Inicialmente, a companhia tinha permitido o envio de pedidos de reserva até hoje, mas decidiu antecipar para ontem à noite.

Essa procura, no entanto, se dava no piso da faixa indicativa de preço, que vai de R$ 15 a R$ 19. Pelo preço mais baixo, a oferta deve movimentar R$ 4,368 bilhões, sem levar em conta a venda de lotes extras de ações que a BR Distribuidora pode vender.

Esses recursos vão para o caixa da Petrobras, controladora da companhia e que colocou as ações da distribuidora à venda como parte de seu plano de desinvestimentos.

Na quinta-feira, será a vez de o Burger King determinar o preço de suas ações. A companhia também antecipou para hoje o envio dos pedidos de reserva, sendo que anteriormente eles podiam ser feitos até o dia 14.

Até ontem, os pedidos de reserva já superavam em cerca de três vezes o lote de ações à venda, o que deve puxar o preço dos papéis para um ponto distante do piso. A oferta pode movimentar cerca de R$ 1,7 bilhão se considerado o ponto médio do intervalo de preço dos papéis, que vai de R$ 14,50 e R$ 18,00.

O interesse dos investidores pelos IPOs de BR Distribuidora e Burger King está longe de significar uma euforia dos investidores. Prevista para ser encerrada na quinta-feira, a oferta inicial de ações da Neoenergia não conseguiu entusiasmar os potenciais compradores.

Até o início da noite de ontem, a oferta não tinha sofrido alterações, mas a expectativa é que a estreia da elétrica em bolsa seja cancelada pela segunda vez.

Uma alternativa para viabilizar a transação seria reduzir o preço dos papéis - o intervalo vai de R$ 15,02 a R$ 18,52. Não existe, porém, um consenso entre os acionistas da elétrica - Iberdrola, Banco do Brasil (BB) e Previ (fundo de pensão do BB).

O Valor apurou que o preço definido para o IPO já ficou aquém daquilo que o BB, maior acionista vendedor, pretendia para realizar a oferta. A disposição para diminuir ainda mais o valor, portanto, é baixa.

Na semana passada, o Banrisul decidiu adiar a realização de uma oferta subsequente de ações. O governo do Rio Grande do Sul, controlador do banco, alegou "condições desfavoráveis de mercado". Fonte:Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 13/12/2017

13 dezembro 2017



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