Controladores do Boticário compram 12 andares em São Paulo

O Nexus — family office do fundador do Boticário, Miguel Krigsner, e de seu genro, Artur Grynbaum — comprou 12 andares do edifício WT Morumbi, um empreendimento triplo-A na marginal Pinheiros, quase em frente ao Morumbi Shopping.

O preço foi aproximadamente R$ 12 mil por metro quadrado, em linha com outras transações na região. Em julho, o grupo chinês Fosun comprou uma das torres do Parque da Cidade, vizinho ao WT Morumbi, também por R$ 12 mil o metro, mas a qualidade do WT Morumbi é tida como marginalmente superior.

O Nexus financiou a transação, de R$ 232 milhões, com uma dívida de R$ 185 milhões (prazo de 12 anos a CDI + 1,5%), com carência do principal por 18 meses.

O Nexus estuda o mercado imobiliário paulistano há cerca de dois anos e já fez co-investimentos com alguns incorporadores, mas esta é a primeira posição direta que o fundo assume no mercado de São Paulo.

Não está clara qual a vacância dos andares adquiridos pelo Nexus. A Brookfield é dona de 60% do edifício e acaba de locar parte do empreendimento para a Unilever. A Sandria (veículo do empresário Victor Garcia Sandri, condenado na Zelotes) tem andares locados para a seguradora Mapfre na mesma torre há anos.

A fatia do WT Morumbi vendida para o Nexus era parte de uma posição proprietária do BTG Pactual. O empresário Walter Torre também detém uma participação. Ambos queriam vender o ativo desde o stress que acometeu o BTG em 2015.


O WT Morumbi foi parar no balanço do BTG quando o banco comprou o portfólio da WTorre em 2010 e constituiu a One Properties. Mais tarde, quando o banco fundiu a One Properties com a BR Properties, alguns ativos foram excluídos por questões de preço e vocação do imóvel.

Agora, o que sobrou de relevante na carteira do BTG é o chamado ‘Projeto Kibon’, um amplo terreno na avenida do Morumbi Shopping onde ficava uma antiga fábrica da sorveteria. O terreno já possui Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) comprados e o projeto já foi protocolado para aprovação na Prefeitura. Geraldo Samor Leia mais em braziljournal 24/11/2017

24 novembro 2017