17 outubro 2017

Gerdau vende ativos de r$ 3,2 bi e reduz dívida

A Gerdau é até agora a empresa brasileira mais bem-sucedida na estratégia de vender ativos para enfrentar a crise local e mundial da siderurgia. O grupo gaúcho está prestes a confirmar mais de R$ 3,2 bilhões captados em seu programa de reavaliação de ativos desde 2014, com vendas e parcerias.

A companhia contabiliza R$ 2,8 bilhões por enquanto, porque espera a aprovação do órgão regulador da concorrência do Chile para fechar operação de US$ 154 milhões, resultado da venda de unidades industriais de aços longos aos grupos chilenos Matco e Ingenieríe e Inversiones.

As vendas de ativos ajudaram a reduzir a dívida líquida da Gerdau, que atingiu o pico de R$ 20,84 bilhões em setembro de 2015. Desde então, houve queda de 30,3%. Em junho de 2017, de acordo com o último balanço disponível, estava em R$ 14,53 bilhões.

Desde o fim de 2014, a Gerdau já vendeu sua participação na Gallatin Steel, dos Estados Unidos, e na Sidenor, da Espanha e Guatemala. A companhia também se desfez de unidades de transformação e terrenos nos EUA, além de formar uma "joint venture" na Colômbia.

O Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, apurou que o próximo passo do grupo gaúcho será a venda de unidades de produção de vergalhões nos Estados Unidos, em um negócio que pode garantir R$ 2 bilhões. Até o fim do ano, a expectativa é vender à Commercial Metals Company (CMC) pelo menos três usinas dedicadas exclusivamente a vergalhões - em Rancho Cucamonga, no Estado da Califórnia, em Sayreville (Nova Jersey) e Knoxville (Tennessee). Juntas, as fábricas possuem capacidade de transformação de 1,6 milhão de toneladas de aço por ano.

Também fazem parte do pacote outras duas unidades: em Jacksonville, na Flórida, e em Beaumont, no Texas, ambas destinadas à produção de barras e fio-máquina, com capacidade 1,2 milhão de toneladas.

O sucesso na venda de ativos rendeu avaliação positiva das agências de risco. A S&P dá nota de crédito "BBB-" à Gerdau - a única siderúrgica com grau de investimento no Brasil. As outras duas grandes do setor no país, Usiminas e CSN, prometeram se desfazer de ativos, mas até agora não fizeram negócios. Publicado  por Valor Online Leia mais em gsnoticias 17/10/2017

17 outubro 2017



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