27 outubro 2017

Bureau Veritas conclui integração da Sistema PRI

O Bureau Veritas acaba de concluir a integração da empresa de engenharia consultiva Sistema PRI, comprada em 2014. A aquisição marcou a entrada da companhia, mais conhecida por realizar teste, inspeção e certificação, na área de construção e infraestrutura no Brasil, uma das seis divisões do grupo no país. Agora, essa unidade de negócios tem um duplo desafio: equilibrar a carteira de clientes e prestar serviços ao longo de todo o ciclo de vida do ativo, e não somente na fase de investimentos em expansão ("capex").

Hoje, o portfólio de aproximadamente 50 contratos é composto por 40% de clientes privados e 60% de públicos. A meta é que cada um responda por 50% da carteira. Contribui para isso o marasmo de obras públicas, reflexo da penúria fiscal que vivem União e alguns Estados e municípios.

No radar do Bureau estão os projetos de concessões e de Parcerias Público-Privadas (PPPs) federais e estaduais.

O papel da engenharia consultiva abrange desde o desenvolvimento e análise de um projeto até o acompanhamento da obra, para garantir que ela esteja em conformidade com padrões técnicos, ambientais e de segurança do trabalho. "Queremos atuar não só na fase do capex, mas também na operação e manutenção dos ativos, auxiliando o cliente a gerar valor", diz Luiz Buff, diretor da divisão de construção e infraestrutura do Bureau Veritas Brasil.

A importância da engenharia consultiva, sobretudo no planejamento dos projetos, começou a ganhar relevância mais recentemente no Brasil, destaca o executivo. "Principalmente o PPI [Programa de Parcerias de Investimentos] vem puxando essa discussão, para garantir que os projetos de infraestrutura aconteçam conforme o planejado em termos de prazo e custo."

O portfólio de contratos que o Bureau herdou da Sistema PRI - cuja marca deixa de existir - inclui empresas dos segmentos de energia, transporte, telecomunicação, educação, habitação e edificação.

A divisão conta com 500 funcionários, pouco mais de 12% dos 4 mil profissionais que o Bureau emprega no Brasil. As demais unidades de negócio no país são indústria; varejo; certificação; agronegócio e commodities; e marítimo e offshore.

Presente em 120 países, o conglomerado está listado na bolsa de Paris e teve faturamento mundial de € 4,6 bilhões em 2016. No Brasil, não revela a receita. Mas Buff abre os números da unidade que comanda. Em 2016 o faturamento foi de R$ 150 milhões, queda de 10% sobre o exercício anterior.

"A meta para este ano é ousada, estamos lutando para tentar manter o que fizemos em 2016, mas o ano ainda está difícil. É pouco provável que consigamos", diz o executivo, que justifica o desempenho como espelho da situação do mercado.

A estratégia do grupo para entrar em novas áreas tem sido via aquisições. Neste ano adquiriu a brasileira Kuhlmann Monitoramento Agrícola, empresa especializada em serviços de monitoramento e auditoria agrícola, e a Schutter, companhia holandesa de serviços para o comércio de commodities com presença no Brasil e em mais de dez países na Europa, América do Sul e Ásia. Fonte:Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 27/10/2017

27 outubro 2017



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