02 julho 2017

Coreana CJ adquire controle da Selecta

A empresa sul-coreana CJ CheilJedang fechou ontem a aquisição de 90% da companhia brasileira Selecta, que era controlada pela chilena Corpesca. O negócio envolveu US$ 321,3 milhões, que serão pagos à vista aos chilenos. A Selecta, que tem sede em Goiânia (GO), fatura US$ 360 milhões e fabrica ingredientes à base de soja para ração animal e outros derivados de soja destinados a indústrias de alimentos e química.

Segundo fonte a par das negociações, considerando a dívida da Selecta, a transação ficou em torno de US$ 450 milhões.

Da participação total adquirida pelos sul-coreanos, 60% foram comprados da Corpesca por US$ 214 milhões. A chilena detinha 70% da Selecta e negociou, ainda, a opção de venda da participação remanescente de 10% para daqui a dois anos. O negócio proporcionará à Corpesca um lucro estimado de US$ 129 milhões, valor superior aos US$ 85 milhões que a chilena despendeu para adquirir o controle da Selecta.

Os outro 30% adquiridos pela empresa sul-coreana estavam nas mãos de minoritários. A compra dessa parcela também foi concluída ontem.

Em comunicado, a CJ CheilJedang informou que estabelecerá uma estrutura de negócio para a fabricação de proteína de soja concentrada e de farelo de soja fermentada. A empresa afirmou ainda que, com base em sua tecnologia na área de fermentação e enzimas, poderá também expandir seu portfólio para áreas como suíno, frango e peixes.

O objetivo do grupo sul-coreano é expandir a capacidade de produção da Selecta em 50%, de acordo com a fonte ouvida pelo Valor. Atualmente, a Selecta tem uma capacidade de esmagamento de 700 mil toneladas de soja por ano.

A negociação ainda está sujeita a aprovações contratuais e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e de órgãos reguladores alemães.

O grupo CJ CheilJedang, que tem faturamento anual na casa dos US$ 30 bilhões, foi fundado em 1953 como afiliada da Samsung, e se torno um dos líderes de vendas no setor alimentício, especialmente nos segmentos de açúcar, farinha e óleo. Hoje, a empresa tem negócios nas áreas de ingredientes para indústria, pecuária, alimentação e biociência – como produção de lisina (aminoácido destinado à nutrição animal). No Brasil, a coreana tem negócios na área de trading de soja, logística e em biociência, com uma fábrica no interior de São Paulo. Por Kauanna Navarro | De São Paulo Fonte : Valor Leia mais em alfonsin14/06/2017



02 julho 2017



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