31 março 2017

B3, fusão de BM&FBovespa e Cetip, nasce como 5ª maior bolsa do mundo

Depois da autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), BM&FBovespa e Cetip lançaram oficialmente ontem a B3 – Brasil, Bolsa e Balcão –, novo nome da companhia que, com US$ 13 bilhões de valor de mercado, deverá alcançar a posição de quinta maior bolsa de valores do mundo. Segundo a companhia, a integração das empresas, que une no mesmo guarda-chuva o mercado de renda fixa e variável, está em ritmo acelerado e deverá levar entre 12 a 18 meses.

Depois desse processo, a companhia se debruçará sobre novos produtos e novas fontes de receitas, disse o diretor executivo de integração da B3 e futuro presidente da B3 Gilson Finkelsztain. Em maio, o executivo sucederá Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa desde a fusão entre as duas bolsas, em 2008. Finkelsztain foi presidente da Cetip nos últimos quatro anos e também conselheiro da companhia anteriormente.

Além do processo de integração, a companhia tem pela frente as obrigações assumidas com os órgãos reguladores. Um dos acordos firmados será a abertura dos serviços de clearings e depositárias a terceiros interessados em ingressar no mercado brasileiro.

De acordo com o diretor executivo de operações, clearing e depositária, Cícero Vieira, a B3 já recebeu consultas de interessados em usar a estrutura de pós-negociação da companhia para operar o mercado de bolsa no Brasil. Segundo ele, a companhia abrirá até o fim de abril uma audiência pública para definir diretrizes de acesso de eventuais competidores à estrutura ao sistema de contraparte central (CCP, na sigla em inglês) e central depositária. A audiência deve durar 30 dias úteis.

O executivo não deu detalhes, mas a ATS Brasil é uma das interessadas no Brasil e participou ativamente da análise do ato de concentração da fusão entre as empresas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Para os executivos da companhia, além da força e tamanho da empresa, a operação trará sinergias e muitos benefícios ao mercado. O guidance (meta) de sinergias dado ao mercado pelos executivos é de R$ 100 milhões a partir do terceiro ano da fusão.

Marca. Após a mudança radical de nome, a companhia olhará agora para suas demais marcas.
Os nomes de ligadas e coligadas, disse Edemir, serão alterados.

Entre elas estão a BSM (BM&FBovespa Supervisão de Mercados) e o banco da BM&FBovespa. Outra mudança será a no código da companhia, hoje BVMF3. A ação da Cetip, com a integração, foi negociada ontem pela última vez. O índice Ibovespa, no entanto, passará incólume. Assim, o principal índice do mercado de ações brasileiro manterá o nome.

As companhias anunciaram o novo nome um ano depois do Conselho de Administração da Cetip ter aceitado a oferta da BM&FBovespa, o que ocorreu em abril do ano passado. Os acionistas de ambas as companhias aprovaram a operação em maio. Já o Cade levou nove meses para dar seu aval – e anunciar os remédios. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou a transação também na semana passada.

Já foi decidido que, pelo menos por enquanto, a sede do grupo será no centro da capital paulista.- O Estado de S.Paulo Leia mais em portal.newsnet 31/03/2017

31 março 2017



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