16 janeiro 2017

Japonesa Zen-Noh vira sócia de Amaggi e Dreyfus em terminal de grãos no Maranhão

As tradings Amaggi e Louis Dreyfus Company (LDC) venderam participação em uma joint venture que opera parte do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) para a japonesa Zen-Noh Grain, segundo comunicado divulgado pela Amaggi nesta segunda-feira.

A Amaggi e a Louis Dreyfus não informaram os valores envolvidos no negócio.

A joint venture opera um dos quatro armazéns no Tegram, que começou a operar em março de 2015 e é um dos destaques entre os novos terminais portuários construídos recentemente no Norte do país.

"Com a entrada da Zen-Noh Grain Brasil, cada um dos três acionistas deterá participação e direitos iguais na joint venture que compreende os negócios de originação de grãos e operação de terminal portuário", disse o comunicado da Amaggi.

Os outros três armazéns do Tegram são operados por Glencore, NovaAgri e CGG Trading. (Por Gustavo Bonato) Reuters Leia mais em yahoo 16/01/2017
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Louis Dreyfus e Amaggi vendem participação em JV no Brasil

A trading de commodities Louis Dreyfus e o grupo Amaggi concordaram em vender uma participação em sua joint venture brasileira para o grupo agrícola japonês Zen-Noh.

As empresas vão vender um terço da joint venture, que inclui um terminal no porto de Itaqui, no Nordeste do Brasil, e uma unidade de trading de milho e soja, segundo comunicado da empresa agrícola brasileira Amaggi. A Federação Nacional das Associações de Cooperativas Agrícolas do Japão, conhecida como Zen-Noh, pagou cerca de US$ 250 milhões pela participação, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

Como o Brasil é um dos maiores exportadores de grãos do mundo e a expectativa é de que sua produção e exportações continuarão crescendo, o investimento garantirá uma oferta estável de grãos para ração animal, informou a Zen-Noh em comunicado, na terça-feira. O grupo confirmou que será dono de um terço do negócio e não deu mais detalhes do acordo.

A venda é o primeiro acordo significativo da Dreyfus desde o início de 2016, quando pessoas familiarizadas com a estratégia da companhia disseram que a empresa estava buscando investidores para unidades menos importantes. A Dreyfus está buscando formas de captar dinheiro em um momento em que o setor agrícola como um todo enfrenta uma queda nos lucros com o trading causado em parte pelo baixo preço dos alimentos, colheitas abundantes e volatilidade menor do mercado. Em novembro a Dreyfus cancelou os planos de venda de títulos porque os investidores exigiram taxas de juros altas.

Antes do negócio, Dreyfus e Amaggi detinham cada uma 50 por cento da joint venture, chamada Amaggi & LD Commodities. Agora, cada acionista controlará um terço da companhia. O acordo ainda está sujeito a aprovação regulatória, segundo a Amaggi.
A joint venture foi iniciada em 2009 para negociar soja e milho na região de Matopiba, que cobre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Anunciada como "a nova fronteira do Brasil" durante o boom de commodities chinês, os rendimentos decepcionantes dos grãos nos últimos anos reduziram o apelo de novos projetos na região.

A partir de sua base no Japão, a Zen-Noh está se expandindo nas Américas. O grupo possui um grande terminal de exportação perto de Nova Orleans, mais 90 silos espalhados pelos EUA. Em 2015, iniciou uma joint venture com a australiana GrainCorp para construir um terminal de exportação no Canadá.

O Japão é o maior importador de milho do mundo, tendo comprado 14 milhões de toneladas no período de 11 meses até 30 de novembro, segundo seu Ministério da Agricultura. Do total, 10,6 milhões de toneladas foram adquiridos dos EUA e 3,4 milhões de toneladas do Brasil.

A Zen-Noh já possui um acordo para compra de commodities agrícolas da maior cooperativa agrícola do Brasil, a Coamo.

A Dreyfus, liderada pela bilionária Margarita Louis-Dreyfus, busca investidores estratégicos em linhas de negócios como metais, suco de laranja, lácteos e fertilizantes, disseram pessoas familiarizadas com o assunto em janeiro de 2016.  Javier Blas e Tatiana Freitas (Bloomberg) --  Leia mais em bol.uol 17/01/2017

16 janeiro 2017



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