14 novembro 2016

Abiquim: valor agregado ajuda setor

As fabricantes de colas, adesivos e selantes que investiram em produtos de maior valor agregado e na oferta de serviços estão garantindo melhor desempenho em meio a crise.

O diagnóstico do segmento foi feito pela diretora de economia e estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fátima Ferreira, a partir de um levantamento da associação.

"Esse estudo reforçou que o investimento para agregar valor reduz o risco da concorrência com importados e os custos com matéria-prima e logística, relevantes no setor, deixam de ter tanto peso", afirmou a representante.

Com 34 empresas do segmento de colas, adesivos e selantes participando do estudo, a Abiquim estima ter conseguido avaliar uma fatia de 75% desse mercado. Cerca de 26 empresas não participaram da pesquisa. "Temos todas as grandes fabricantes, mas sabemos que é uma questão de avançar na conscientização da importância desses levantamentos para ter a participação maior das empresas pequenas", avaliou ela.

A oferta de serviços complementares ao portfólio das químicas, como treinamento e desenvolvimento de produto, também apareceram no levantamento como um diferencial que tem ajudado a incrementar as vendas no Brasil.

"A oferta de serviços muitas vezes representa um complemento na rentabilidade. E temos casos em que as inovações em produtos e soluções surgem dessa parceria com clientes", contou Fátima.

Levantamento

De acordo com a análise de consumo aparente nacional (CAN) da Abiquim, o consumo de colas, adesivos e selantes registrou aumento de 3,5% no ano passado, enquanto o setor químico como um todo recuou 6,6%. A produção nacional ( 5,1%) e as exportações ( 10,7%) avançaram em 2015, mas as importações também crescem, com uma média de 3,6% de avanço ao ano, enquanto a produção nacional sobe apenas 1,4%.

"Tem destaque o desempenho das colas e adesivos base água, que tiveram evolução significativa, saltando de 97 mil toneladas produzidas em 2006 para 152 mil toneladas em 2015", destacou a Abiquim, em relatório. Para Fátima, os números comprovam a substituição em andamento no mercado para a base água, que é mais sustentável. DCI Leia mais em portal.newsnet 14/11/2016

14 novembro 2016



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