24 setembro 2016

Tanure quer fatiar a Oi para atrair sócios

Oi: atualização de plano de recuperação deve ser apresentada aos credores no primeiro trimestre de 2017

 O empresário Nelson Tanure, ligado ao fundo Société Mondiale (acionista da Oi), está trabalhando em um plano de recuperação judicial "completamente diferente" do apresentado pela companhia no início deste mês, disseram fontes com conhecimento do assunto.

Uma das ideias é criar subsidiárias, referentes a operações da companhia, e atrair investidores para elas, sem abrir mão do controle.

A nova proposta ainda está em elaboração e precisará do aval do Conselho de Administração, que referendou a atual. Uma das discussões é sobre quantas subsidiárias podem ser criadas e referentes a quais operações.

"Os membros do colegiado da Oi terão de estar alinhados. Será um processo longo", disse outra fonte. Além disso, a ideia é primeiramente aprovar o plano e depois fazer as mudanças na estrutura da tele, com a venda das participações.

A atualização deve ser apresentada aos credores no primeiro trimestre do ano que vem, para que eles votem o plano em meados de 2017. Ontem, a Pharol também afirmou ao Broadcast que a previsão é de votar o documento no ano que vem.

"A ideia é fazer uma nova organização societária com a separação de operações", afirmou uma fonte com conhecimento do assunto. A partir daí, cada uma das operações poderia receber novos sócios, sem a Oi abrir mão do controle delas.

No caso das operações móveis, o empresário já manteve conversas com a Bell Canada. "O plano atual não para em pé", diz uma fonte envolvida nas negociações.

Outra fonte afirmou que é comum as companhias em recuperação judicial fazerem mudanças no plano apresentado inicialmente. "A recuperação judicial é um processo dinâmico."

Tanure ganhou poder na companhia recentemente, após fechar acordo com a maior acionista individual da tele, a Pharol (antiga Portugal Telecom).

No acerto, o empresário conseguiu duas vagas no conselho, assim como quatro postos de suplente, sendo que ocupará um deles. As indicações ainda precisam do aval da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Mariana Sallowicz, do Estadão Leia mais em exame 24/09/2016

24 setembro 2016



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