13 setembro 2016

Setor de saúde tem primeira alta em 14 meses

Depois de 14 meses consecutivos de queda, a saúde suplementar apresenta leve melhora no número de beneficiários. Em agosto, o mercado teve um acréscimo de 32,1 mil novas vidas. Na contrapartida, as receitas e despesas continuam sob pressão.

No total, o setor fechou agosto com 48,3 milhões de vidas, alta de apenas 0,07% ante o mês anterior. Apesar de irrisório, este é o primeiro crescimento mensal desde junho de 2015. Segundo os dados, o acréscimo ocorreu apenas na contratação de planos coletivos empresariais, que passou de 32,01 milhões para 32,1 milhões de vidas. Já os planos individuais, coletivos por adesão e outros modelos mantiveram o ritmo de retração.

Ainda segundo a ANS, os planos exclusivamente odontológicos tiveram um desempenho ainda melhor. Nesta modalidade, cerca de 243,221 mil beneficiários foram adicionados às carteiras das operadoras no mês de agosto, totalizando 22,28 milhões.

"Acreditamos no processo de estabilização da economia para que a saúde suplementar comece a registrar o retorno do equilíbrio", afirmou a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) em nota. Segundo a entidade, 66% dos vínculos contratuais ainda são coletivos empresariais, o que torna o segmento muito associado ao comportamento da economia, à geração de emprego formal e renda

Receitas x despesas

Se por um lado a retomada da economia pode trazer novos beneficiários ao mercado, operadoras continuam com margens financeiras reprimidas. Ontem, a ANS divulgou os dados econômico-financeiros das operadoras de saúde no acumulado de 2016, até junho. Segundo a agência, a receita de contraprestações (pagamento pelo contratante de plano de saúde à operadora para garantir a prestação dos serviços) teve um aumento de 12,3% no primeiro semestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado. Já as despesas assistenciais cresceram 13,2% na mesma base de comparação. "As despesas assistenciais continuam a crescer, historicamente, em ritmo mais acelerado do que as receitas", comentou a FenaSaúde.

Segundo a entidade, no Brasil, a inflação médica tem alcançado, em média, patamar duas vezes superior ao indicador que registra os demais preços da economia. "Entre 2007 e 2016, os gastos per capita com saúde no Brasil cresceram 158,74%, enquanto a variação do IPCA foi de 74,74% no mesmo período", apontou.Fonte: DCI Leia mais em tudofarma 13/09/2016

13 setembro 2016



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