02 agosto 2016

Operações da Alianza podem ultrapassar R$ 120 milhões

A empresa de investimentos imobiliários Alianza estima fechar, neste ano, um total de operações que pode ultrapassar os R$ 120 milhões registrado em 2015.

No primeiro semestre, a empresa desembolsou R$ 25 milhões em operação de "sale and lease back" - modalidade em que a ocupante vende o imóvel para obter recursos e continua instalada no local, mas como locatária. A Alianza está em fase avançada de negociação de operações semelhantes em cinco imóveis de duas outras companhias.

Na avaliação do diretor administrativo, financeiro e de relações com investidores da Alianza, Fabio Carvalho, o volume de operações fechadas tende a crescer no próximo ano.

Fundada em 2011, a Alianza desenvolve empreendimentos corporativos, principalmente, centros de distribuição, no formato de "build to suit" (BTS) de construção sob medida - e faz estruturação financeira desses produtos e da modalidade em que o ex-dono permanece após a venda. No desenvolvimento de projetos, a empresa acompanha a aprovação e faz a gestão das Sociedades de Propósito Específico (SPEs).

Um dos projetos já desenvolvidos pela Alianza é o galpão construído sob medida para Dow Química e a Log-in no porto de Santos. Além de centros de distribuição, estão no foco contact centers, campi universitários, prédios de escritórios para monousuários e os chamados big boxes (grandes áreas para venda em escala por varejistas).

Nas operações estruturadas, a Alianza analisa o crédito da empresa cliente para avaliar se o certificado de recebíveis imobiliários (CRI) a ser emitido tem potencial para despertar o interesse do mercado, segundo o sócio e diretor de projetos estruturados, Ricardo Madeira.

Cerca de um terço dos investimentos destinados pela Alianza em cada operação são feitos com patrimônio de investidores nacionais ("family offices"). O desembolso dos outros dois terços utiliza capital obtido por meio de CRIs vendidos para essas famílias e para investidores menores. A Alianza vai emitir CRI para a operação de "sale and lease back" concluída no começo deste ano.

Madeira afirma que, por ter foco em operações de porte médio - ainda que de grandes empresas -, a Alianza não enfrenta a concorrência de quem só atua com tíquetes de investimento mais elevados. Até 2013, a maior demanda de operações da empresa era para projetos de "build to suit", mas, a procura pela modalidade ficou mais escassa com a piora da economia. Atualmente, de 60% a 70% dos negócios da Alianza são de "sale and lease back".

Nas últimas semanas, segundo Carvalho, a procura por parte de interessados em desmobilizar ativos para obter recursos têm crescido. Existe interesse de venda de centros de distribuição por parte de indústrias e de varejistas. No varejo, há empresas também com disposição de comercializar big boxes. O interesse por operações de venda e permanência do ex-dono tende a crescer em momentos de custo de crédito mais elevado e prazos menores. Por enquanto, a Alianza comprometeu R$ 30 milhões de seu primeiro fundo, no valor de R$ 150 milhões, captado em 2015. Se as operações em negociação avançada com as duas empresas forem fechadas, a Alianza vai captar novo fundo, além de utilizar os recursos levantados no ano passado.- Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 02/06/2016

02 agosto 2016



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