23 julho 2016

Fundo de capitais adquire cota maioritária do laboratório de genética Igenomix

Com a entrada do fundo britânico de capital de risco Charme Capital Partners, Igenomix recebe recursos adicionais para pesquisa científica e anuncia saída dos sócios fundadores do grupo IVI.

O fundo britânico de capital de risco Charme Capital Partners anuncia a compra de cotas maioritárias do laboratório de genética de reprodução humana Igenomix, uma das principais referências do setor, que com o aporte extra para investimento em pesquisa e desenvolvimento promete avançar ainda mais rápido na tecnologia dos serviços e testes genéticos que oferece. Igenomix nasceu como spin of do IVI (Instituto Valenciano de Infertilidade) em 2012. De origem espanhola, o laboratório tem unidades em Miami, Nova York, México, São Paulo e Nova Deli, além da cede em Valência. Com a entrada do fundo de capitais, o Grupo IVI deixa de ter participação nas operações da Igenomix.

Igenomix vem registrando taxas de crescimento anuais de mais de 50%. O sucesso do laboratório que presta serviços às clínicas de fertilidade e também diretamente a pacientes, tem como principal diferencial o renomado cientista Prof. Carlos Simón, professor na Universidade de Stanford e Universidade de Valência, que está por detrás de inovações que garantiram patentes e avanços científicos fundamentais para a melhoria dos tratamentos de reprodução humana a nível mundial. O potencial científico da Igenomix se fortalece ainda mais com a incorporação de outra grande personalidade na área científica no conselho administrativo: Graham Snudeen, cofundador da BlueGnome, empresa que nasceu na Universidade de Cambridge e foi adquirida pela também gigante na área de genética Illumina.

“O faturamento da Igenomix este ano ultrapassará os 30 milhões de euros, além disso, o laboratório é proprietário de um know-how único e uma equipe diretiva de primeiro nível. Nossas expectativas são contribuir na continuidade da expansão dos laboratórios e chegar a novos mercados como China e Russia”, comentam Francisco Churtichaga e Tommaso Beolchini, responsáveis da Charme Capital Partners, ao anunciar a notícia.

Dra. Marcia Riboldi, diretora da Igenomix Brasil comemora o início de uma nova fase da Igenomix: “Estamos viabilizando um crescimento que vai facilitar o objetivo principal da empresa, que é prezar pela personalização na busca do sonho de cada casal que precisa de tratamento de reprodução humana. A única maneira possível de realizarmos esse sonho é investindo cada vez mais em projetos de pesquisas em busca de novos produtos para nossos pacientes”.

Operação indica uma aceleração dos avanços científicos na genética de reprodução humana

Além de não perder seu principal diferencial, que são as mentes brilhantes que lideram seus projetos de pesquisa científica, a Igenomix incorpora outro ícone vivo da história da genética da reprodução humana que é Graham Snudeen, o cientista que comandou o processo investigativo que deu origem à amplificação do DNA nas células do embrião, essencial nos testes de diagnóstico de embrião, que em sua evolução levou à técnica de CGH-array.

A técnica CGH-array foi a primeira técnica capaz de analisar os 24 cromossomos e marcou um antes e um depois no diagnóstico genético pré-implantacional de embriões ao detectar com precisão antes da gravidez alterações que poderiam impedir o desenvolvimento do embrião ou provocar o nascimento de bebês com doenças, como a síndrome de Down. Incorporada clinicamente desde 2008, CGH-array ainda é amplamente utilizada e permitiu a continuidade da evolução para técnicas mais avançadas como a NGS (sequenciamento de nova geração), que é a tecnologia adotada como padrão pela Igenomix.

“Com a chegada desta nova etapa, nossos projetos de pesquisa em andamento como testes não invasivos de receptividade endometrial e de diagnóstico genético pré-implantacional de embriões, assim como outros testes genéticos que marcarão o futuro dos tratamentos de reprodução humana personalizados com altas taxas de implantação e gravidez poderão ser disponibilizados com mais rapidez, já que terão mais recursos de investigação e desenvolvimento” afirma Dra. Marcia.  por:  Sirlene Zamboni Leia mais em segs 22/07/2016

23 julho 2016



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