01 fevereiro 2016

Alliar e Delfin vão unir operações

Os grupos de medicina diagnóstica Alliar e Delfin Imagem estão negociando uma fusão, que deverá ser desenhada por meio de troca de ações. Ambos possuem fundos de participações como acionistas relevantes. A Alliar foi criada pelo Pátria Investimentos há cerca de cinco anos e nesse período cresceu por meio de mais de 20 aquisições. O Delfin recebeu um aporte do Kinea, gestora do Itaú Unibanco, em novembro de 2012.

Procurados pelo Valor, Delfin e Alliar confirmaram que protocolaram no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) "um acordo de associação para unificar as operações das duas companhias". Conforme a nota, a consumação da operação está sujeita às condições precedentes usuais neste tipo de negócio, incluindo a aprovação do Cade.

Uma das grandes dúvidas do mercado é saber qual será o papel de Delfin Gonzalez Miranda, fundador do grupo, no novo negócio e se ele continuará como acionista relevante na nova empresa. O grupo surgiu na Bahia em 1986 e hoje se apresenta como a maior empresa de diagnóstico por imagem do Nordeste. Além da Bahia, também está presente em municípios do Rio Grande do Norte e presta serviços de exames por meio de imagem, métodos gráfico e exames de anatomia citopatológica e patológica.

A Alliar oferece esses mesmos serviços, e também análises clínicas em municípios dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio, Paraíba, Pará, Mato Grosso do Sul e Paraná. Além de atender o setor privado, tem participação na Rede Brasileira de Diagnósticos SPE (RBD), criada para atuar em parceria público-privada (PPP) com o governo da Bahia na gestão de operação de serviços de apoio ao diagnóstico por imagem em hospitais públicos.

Ao notificar o Cade, as empresas informaram que atuam majoritariamente em municípios completamente distintos e, nos poucos em que ambas estão presentes, as atividades da Alliar são por meio da RBD e o Delfin não presta serviços à rede pública. Portanto, os advogados defendem que a operação não é "capaz de gerar preocupações concorrenciais". O Cade avalia a operação desde 12 de janeiro. Autor: Ana Paula Ragazzi   Fonte: Valor Econômico Leia mais em tudofarma em  01/02/2016

01 fevereiro 2016



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