25 outubro 2015

Brasil tem queda de 44% nas fusões e aquisições em 2015

O maior negócio deste ano: a compra das operações do HSBC no Brasil pelo Bradesco somou US$ 5,2 bilhões

As fusões e aquisições no Brasil caíram 44,4% nos três primeiros trimestres de 2015 na comparação com igual período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta semana pela Mergermarket, empresa que monitora este mercado em várias regiões do mundo. A queda é reflexo da recessão econômica, que tem afetado a confiança dos investidores e empresários, de acordo com o relatório.

O volume de negócios no Brasil somou US$ 21,6 bilhões de janeiro a setembro. Ao todo, foram realizados 191 negócios no período, o equivalente a 51,2% do total de operações de toda a América Latina. Apesar de responder por metade das fusões e aquisições da região, a participação do País no total este ano caiu para o menor nível desde 2009.

O maior negócio este ano na América Latina foi a compra das operações do HSBC no Brasil pelo Bradesco, anunciada em agosto e que somou US$ 5,2 bilhões, de acordo com o levantamento. NA região, foram fechados 373 negócios este ano até setembro. Na América Latina, as fusões e aquisições caíram 56,6% nos três primeiros trimestres, movimentando US$ 44,5 bilhões. Além da piora das operações no Brasil, os negócios tiveram queda em países como México, com recuo de 38%, e Chile, com retração de 78%.

Para os analistas da Mergermarket, a deterioração das condições macroeconômicas na região, que sofre com a queda dos preços das commodities, além de problemas domésticos em alguns países, como inflação alta e desvalorização das moedas, estão afetando o apetite por negócios. Nesse ambiente, 2015 foi até agora um ano "decepcionante" para as fusões e a expectativa é que as coisas melhorem em 2016.

Ranking

A Mergermarket também divulgou os rankings das instituições financeiros e escritórios de advocacia mais ativos em estruturar e tocar operações de fusões e aquisições em 2012. Entre os bancos, considerando apenas o Brasil, o Rothschild foi o primeiro colocado quando se considera o levantamento por valor de operações, seguido pelo Goldman Sachs. Quando considerado o ranking por número de negócios, os líderes foram BTG Pactual, com 14 operações, e Itaú BBA, com 13. Nas firmas de advocacia, o Lefosse Advogados foi o líder no ranking por valor de operações no Brasil e o Pinheiro Neto Advogados ficou em primeiro lugar no ranking por número de negócios. Altamiro Silva Junior, do Estadão Leia mais em exame 25/10/2015

25 outubro 2015



0 comentários: