06 agosto 2015

Investidores estão de olho em escolas do ensino médio.

A lista dos melhores colégios no Enem que, normalmente atrai o interesse de alunos e pais, agora também está no radar dos investidores. Não à toa. O mercado de escolas de ensino fundamental e médio é considerado o próximo boom do setor da educação. E, ao contrário do que ocorreu na consolidação do ensino superior, que priorizou a quantidade de alunos, a qualidade do ensino do colégio tem sido um item relevante nas análises de aquisição.

A nota do Enem também é hoje o balizador para a entrada em universidade federais, obtenção do Fies e do ProUni.

No ranking dos 20 melhores colégios, elaborado pelo Valor - que considerou a média das quatro provas do Enem (matemática, português, ciências humanas e naturais) - cinco deles são do Grupo Eleva, holding de escolas que tem entre seus investidores os empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Claudio Haddad. Formado há apenas dois anos, o Eleva é formado pelos colégios Pensi e Elite, no Rio de Janeiro, e Coleguium, em Minas Gerais, cujas aquisições totalizaram R$ 100 milhões.

O interesse do Eleva agora são os colégios no Norte e no Nordeste, onde as universidades usam o Enem para selecionar seus alunos. Em Fortaleza, Ari de Sá, Christus e Farias Brito estão, novamente, entre os melhores colégios do país.

A lista é encabeçada pelo Objetivo que, frequentemente, é assediado por investidores. Mas os critérios usados pelo Objetivo são questionados pelo setor pois o grupo reúne em uma única unidade seus melhores alunos.

Outra gigante que está de olho no ensino básico é a Kroton. Ela divulga no fim do mês seus projetos nesta área, mas já adiantou que priorizará aquisições de colégios com marcas fortes. A Kroton chega capitalizada, uma vez que está prestes a vender a Uniasselvi por cerca de R$ 1 bilhão.

O setor tem outros grupos em processo de consolidação. Entre eles, merecem destaque a Abril Educação que é dona dos colégios pH, no Rio de Janeiro; Motivo, em Recife, Sigma, em Brasília, e Máxi, em Cuiabá. Há ainda a Eduinvest, com os colégios Anhembi-Morumbi e Anchieta, em São Paulo, e o Grupo SEB que conta com cerca de 50 escolas. Jornalista: Beth Koike | Valor Econômico | Leia mais em newsnet 06/08/2015

06 agosto 2015



0 comentários: