24 junho 2015

Log-In atrai atenção dos três maiores grupos mundiais

Os três maiores grupos de transporte marítimo mundial de contêineres estão de olho na Log-In, empresa brasileira especializada na navegação costeira integrada. Segundo o Valor apurou, a MSC e a CMA CGM estariam estudando os ativos da empresa, além da Maersk, conforme já noticiado. Procurada, a MSC e a CMA CGM preferiram não se pronunciar. E a Maersk reiterou, via assessoria de imprensa, que não “comenta sobre especulação do mercado”.

O grande negócio da empresa é oferecer soluções porta a porta na navegação costeira, sendo o principal negócio o transporte marítimo regular de contêineres.

O grupo Maersk já opera na navegação doméstica (cabotagem) de contêineres no Brasil com a subsidiária Mercosul Line, concorrente da Log-In. A Mercosul Line é a terceira em volumes em um mercado disputado por três empresas e liderado pela Aliança, da Oetker. Já a francesa CMA CGM manifesta há anos a intenção de entrar na cabotagem brasileira. Com o dólar alto, os ativos no Brasil ficaram atrativos para os estrangeiros.

A Log-In utiliza oito navios porta-contêineres, com capacidade total para 19.500 Teus (contêiner de 20 pés). Quatro são próprios (Log-In Jacarandá, Log-In Jatobá, Log-In Pantanal e Log-In Amazônia) e os demais são afretados (Angol, Aldebaran, Frizia e RR Europa). As embarcações escalam vários portos do país ligando o Norte ao Sul, além de conectar o Brasil aos países do Mercosul.

Questionada sobre o interesse das empresas, a Log-In disse que mantém o conteúdo do fato relevante divulgado em 21 de maio. Nele, a companhia afirma que está avaliando “alternativas estratégicas junto a potenciais investidores”. Mas destacou que “não há qualquer acordo firmado que confira segurança quanto à conclusão de qualquer transação com qualquer investidor”.

No segundo semestre de 2014, a Log-In contratou a BR Partners como sua assessora financeira. Em entrevista publicada no Valor na edição de segunda-feira, o presidente da Log-In, Vital Lopes, disse que a empresa está em busca de capital para investimento, mas sustentou que a Log-In não está à venda. Depois emendou que a empresa “está à venda todos os dias” por ser de capital aberto e estar diariamente na Bolsa de Valores.

A Log-In atua também com o graneleiro (próprio) Log-In Tambaqui. A embarcação atende a um contrato de 25 anos com a Alunorte, para viagens entre os portos de Trombetas e Vila do Conde (PA). Ainda para atender a Alunorte, a Log-In aluga mais dois navios graneleiros em contratos por viagem. E afreta uma embarcação para carga geral, o BBC Scandinávia.

Desde 2007 ela está investindo cerca de R$ 1 bilhão na construção de cinco embarcações para contêineres e duas para granel. Dos sete navios, três foram entregues e um foi lançado ao mar. A previsão é que os três porta-contêineres restantes sejam entregues até 2017. Fonte: Valor Econômico – Fernanda Pires Leia mais em sinaval 24/06/2015


24 junho 2015



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