13 janeiro 2015

Dabi Atlante e Gnatus anunciam fusão

Grandes empresas do setor odontológico de Ribeirão se unirão visando aumentar suas exportações

De olho no mercado internacional e no aumento da competitividade, duas das maiores e mais tradicionais indústrias de Ribeirão Preto anunciaram, ontem, sua fusão.

Dabi Atlante e Gnatus pretendem se unir para criar uma companhia mais forte, com maior atuação global, mais investimento em desenvolvimento tecnológico e ampliação em setores de atuação.

A operação agora precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o que deve ocorrer em até oito meses. Até lá, nada muda na operação das indústrias.

De acordo com a diretoria das empresas, também não serão feitos cortes e demissões por conta da negociação. “A única visão é a do crescimento. Com essa união, será possível investir em capacitação e geração de empregos qualificados”, disse Gilberto Nomelini, presidente da Gnatus.

Segundo Caetano Biagi, superintendente da Dabi, será possível ampliar também o desenvolvimento tecnológico, as linhas de produtos e áreas de atuação. “Competências se multiplicam quando somadas.”
Mas, uma das principais estacas da operação - que começou a ser discutida há dois anos entre os dirigentes - é a ampliação nas exportações.

Hoje, em média, as duas empresas mandam para fora do País 33% de sua produção, e um dos objetivos da fusão é fazer com que mais da metade dos produtos seja negociada no mercado externo.
“Haverá uma complementação na linha de produtos e um fortalecimento que vai possibilitar o aumento da competitividade”, diz Nomelini.

As empresas, que juntas exportam para 150 países hoje, visam atuar em mercados como os Estados Unidos e a China.

“Abrimos uma janela de oportunidades para conseguirmos competir com multinacionais que expandem atuação em nosso mercado”, diz Caetano.

A operação agora precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)


Ribeirão ganha mais destaque com empresa forte
As duas empresas são significativas no ramo médico odontológico, com tradição no mercado. E hoje, cada vez mais, exigem-se empresas consolidadas para atuar no mercado interno e externo. Por isso, acredito que a fusão destas duas importantes empresas deva ser vista de forma positiva para a cidade. Ribeirão ganha mais destaque, pois passa a ter uma empresa mais competitiva no mercado global. E este é o momento exato para o anúncio, visto que o Brasil altera sua política cambial e o mercado externo passa a ser mais viável ainda. E como se trata de marcas fortes, elas podem se manter independentes, assim como aconteceu em 2009 com a associação da Sadia e da Perdigão, formando a BRF. Juntas, elas ganharão força e poderão se inserir no mercado de forma competitiva.  Alberto Borges Matias Professor da FEA/USP-RP  / Raissa Scheffer Leia mais jornalacidade 13/01/2015
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Líderes do setor odontológico anunciam fusão no interior de SP

 De olho no mercado externo e num faturamento de cerca de R$ 300 milhões neste ano, as fabricantes de equipamentos odontológicos Dabi Atlante e Gnatus anunciaram nesta segunda-feira (12) um processo de fusão.

A junção das duas empresas, ambas de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), depende ainda de aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Segundo Pedro Biagi Neto, presidente da Dabi, a fusão surge da necessidade de potencializar as atuações das duas empresas no mercado externo.

A união acontece após o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior anunciar um saldo negativo de US$ 4 bilhões na balança comercial da indústria de equipamentos da saúde, registrado no ano passado. "Hoje, 60% das fabricantes brasileiras são de pequeno porte, com faturamento de até R$ 6 milhões ao ano", disse Paulo Fraccan, superintendente da Abimo.

A fusão tentará ajudar a reverter o déficit no setor e fazer com que as empresas ribeirão-pretanas ganhem espaço no mercado norte-americano, segundo Fracccan. "Embora tenham um parque de produção moderno, ambas estão fora [do mercado americano]", disse.

Caso a fusão seja aprovada, a companhia passará a ser gerida por um conselho de administração, que será formado pelas famílias Biagi e Nomelini, proprietárias das empresas. Juntas, as duas empresas faturaram R$ 280 milhões ano passado, num aumento de 12%.

As marcas Dabi e Gnatus permanecem e outras decisões -como o nome da holding, por exemplo- serão tomadas só depois que o Cade aprovar a fusão, o que deve durar cerca de seis meses.

VAGAS MANTIDAS
Após a união, as empresas contarão com os mesmos 1.100 funcionários hoje distribuídos nas duas fábricas. De acordo com Gilberto Nomelini, presidente da Gnatus, não há plano de demissão. "Pelo contrário: nossa perspectiva é de crescimento", disse. A intenção dele é aproveitar os parques fabris já existentes e capacitar a mão de obra para a entrada de novos produtos.

MERCADO

Hoje, a Dabi já exporta para 30 países, principalmente para os da América do Sul. Já a Gnatus tem clientes em 140 países e é única brasileira do segmento a ter fábrica na China, além de filiais no México, Bolívia e Dubai. As empresas se destacam na área tecnológica. A Dabi, por exemplo, lançou o primeiro consultório do mercado comandado por iPad há cerca de dois anos.

O anúncio da fusão acontece menos de um ano após as indústrias que produzem equipamentos e produtos para a saúde na região formalizarem o APL (Arranjo Produtivo Local) da Saúde. Juntas, 120 empresas do interior paulista faturam cerca de R$ 1 bilhão por ano e empregam 5.000 funcionários. Elas produzem equipamentos médicos e odontológicos, e produtos ligados a fármacos, biotecnologia, cosméticos e saúde animal.GABRIELA YAMADA RIBEIRÃO PRETO, SP -  Folhapress Leia mais em bemparana 12/01/2015


13 janeiro 2015



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