No mês de novembro a indústria de Fusões e Aquisições teve 62 negócios anunciados com destaque pela imprensa, envolvendo direta ou indiretamente empresas brasileiras de 23 setores - com um crescimento de 6,9%, em relação ao mês anterior. Este volume corresponde a um investimento estimado de R$ 30,6 bilhões, representando um crescimento de 2,0% em relação ao mês anterior.
Nos primeiros onze meses do ano, apurou-se uma queda de 12,7% no total das transações comparativamente ao mesmo período de 2013.
Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI), COMPANHIAS ENERGÉTICAS e OUTROS foram os mais ativos no mês de novembro.
A operação de maior expressão foi a transação considerada a maior, em 2014, envolvendo dois investidores brasileiros: BB e Cielo criam joint venture de R$11,6 bi para transações com cartões.
ANÁLISE DO MÊS
Os 5 setores mais ativos responderam por 53,2% do total das operações e 28,6% do valor total dos investimentos .
Apuradas 62 transações no mês de novembro/14, em 23 setores da economia brasileira, registrando um crescimento de 6,9% em relação ao mês anterior ( 58 operações).
Constata-se uma queda de 12,7% no comparativo do número de transações realizadas no mês de novembro de 2014 em relação ao mesmo mês de 2013.
Já em relação aos primeiros onze meses de 2014, apuradas 636 operações, registra-se uma queda de 10,4% se confrontado com igual período de 2013, quando foram realizadas 710 operações.
Em novembro/14, o segmento TI liderou com a realização de 13 transações representando 21% do total.
No gráfico dos setores mais ativos nos primeiros onze meses de 2014, além de TI, destacam-se OUTROS; ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO e COMPANHIAS ENERGÉTICAS.
Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações nos primeiros 11 meses de 2014, em relação ao mesmo período de 2013, foram SERVIÇOS PARA EMPRESAS, LOJAS DE VAREJO e CONSTRUÇÃO E PRODUTOS DE CONSTRUÇÃO.
Por sua vez, o setor que mais cresceu no nº de operações nos primeiros onze meses de 2014, em relação ao mesmo período de 2013, foi o de HOTÉIS E RESTAURANTES.
No gráfico TOP 10, abaixo, estão relacionados por ordem de relevância os investimentos acumulados, por setor, realizados no período de jan a nov de 2014.
O mês sinaliza uma queda de 1,2% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses - novembro/14, com 712 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
Das 62 transações apuradas em novembro, 27 são de porte até R$ 49,9 milhões - 43,5% do total e responderam por 1,5% do seu valor. Para este mesmo porte de operações, nos primeiros onze meses de 2014 - registraram-se 371 transações representando 58,3 % e 2,6% do valor.
O maior crescimento do número de operações realizadas no mês de novembro, em relação ao mês anterior, ocorreu no perfil de transações com porte de 50 a 499,9 R$Milhões
No topo da pirâmide, apuraram-se 7 transações com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 11,3% do número de operações e corresponderam por 81,2% do valor das transações. Para este mesmo perfil de operações nos primeiros onze meses de 2014, foram identificadas 39 transações representando 6,1% e responsáveis por 70,7% do valor.
Quanto aos montantes dos negócios realizados em nov/14, estima-se o total de R$ 30,6 bilhões, considerando Valores Divulgados (87,3%) e Não Divulgados ( 12,7%), representando um crescimento de 2,0% em relação ao mês anterior. Nos primeiros onze meses o investimento total alcança cerca de R$206,0 bilhões.
O maior apetite ficou por conta dos investidores Estratégicos com 44 operações (71,0%), enquanto os investidores Financeiros realizaram 18 transações ( 29,0%).
Sob a ótica do país de origem do investidor, os de origem Nacional predominaram com 54,8% das operações e 79,9% dos montantes investidos. Os de origem Estrangeira responderam com 45,2% dos negócios e 20,1% dos valores envolvidos.
TOP 5 - MAIORES TRANSAÇÕES EM VALOR em NOVEMBRO/2014
- BB e Cielo criam joint venture de R$11,6 bi para transações com cartões. O Banco do Brasil e a Cielo S.A. anunciaram um acordo para a criação de uma joint venture, avaliada em 11,6 bilhões de reais, para gerir os negócios com cartões de crédito e de débito das duas instituições. O capital social da nova sociedade será dividido em 30 por cento para o BB Elo Cartões, subsidiária integral do Banco do Brasil, e 70 por cento para a Cielo. Como o BB tem uma participação indireta na Cielo, por meio do BB Banco de Investimento S.A., ficará com uma participação no capital da nova empresa de 50,05 por cento, disse o banco estatal em comunicado ao mercado. 19/11/2014
- JBS fecha compra do Grupo Primo na Austrália e do Grupo Big Frango no Brasil. A empresa de alimentos brasileira JBS divulgou a compra do Grupo Primo Smallgoods na Austrália por 1,25 bilhão de dólares, além do Grupo Big Frango no Brasil por 430 milhões de reais, dando impulso ao seu plano de expansão por meio de aquisições. O Grupo Primo é líder em produtos processados como presunto, salsicha e bacon na Austrália e na Nova Zelândia e possui cinco unidades produtivas, sete centros de distribuição e 30 lojas de varejo. 21/11/2014
- Banco Safra compra arranha-céu londrino Gherkin por R$ 3 bi. O banco de investimentos brasileiro Safra anunciou a compra da torre Gherkin, o segundo arranha-céu mais alto de Londres e um dos mais icónicos da City, conhecido por seu peculiar formato de pepino, por R$ 3 bilhões. O edifício de 180 metros de altura, projetado por Norman Foster, era administrado pela auditora Deloitte desde abril, depois que sua proprietária, a alemã IVG Immobilien, entrasse em reunião de credores por dificuldades para pagar suas dívidas. 10/11/2014
- TIM aprova venda de até 6.481 torres para a ATC. O conselho de administração da Tim Participações aprovou a venda de até 6.481 torres de telecomunicação, hoje de propriedade da TCEL, para a American Tower do Brasil - Cessão de Infraestruturas (ATC), pelo valor de cerca de R$ 3 bilhões, assim como do contrato de locação desses ativos pelo prazo de 20 anos. Inicialmente a TCEL vai firmar com a ATC a venda de até 5.240 torres. 21/11/2014
- Renova e SunEdison se unem em projetos de energia solar. A Renova Energia e a SunEdison Brasil, empresa do grupo SunEdison, Inc, anunciaram a criação de uma joint venture para o desenvolvimento de 1 GW de projetos de energia solar no Brasil. A joint venture foi criada com o objetivo de ser o veículo exclusivo das duas companhias para operar e comercializar projetos para o suprimento de energia solar no mercado regulado brasileiro. A joint venture terá participação de 50% da Renova e 50% da SunEdison. 24/11/2014
- ENERGISA:Grupo vende empresas de geração por R$1,4 bi a Brookfield Renewable. A Energisa fechou contrato com a São João Energética, controlada pela Brookfield Renewable Energy Partners, para a venda de ativos de geração por R$ 1,4 bilhão. Os ativos somam 488 megawatts (MW) de capacidade instaladas, dos quais 115 MW pertencem a empreendimentos em construção. 20/11/2014
SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.DESTAQUES DA:
- SEMANA DE 24 a 30/nov/14
- SEMANA DE 17 a 23/nov/14
- SEMANA DE 10 a 16 nov/14
- SEMANA DE 03 a 09/nov/14
- SEMANA DE 26/out a 02/nov/14
- FUSÕES E AQUISIÇÕES: 58 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM OUTUBRO/2014
- TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em outubro/2014
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DO MÊS tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.
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