06 outubro 2014

Iberdrola contrata JPMorgan para vender ativos e financiar compra nos EUA

A empresa espanhola de energia Iberdrola contratou o JPMorgan para vender alguns ativos renováveis ​​estrangeiros que poderiam levantar até 2 bilhões de euros para ajudar a financiar uma aquisição no mercado de rápido crescimento dos Estados Unidos, disseram três fontes com conhecimento do assunto.

"A Iberdrola está à procura de uma compra nos Estados Unidos. Eles não vão vender nada a menos que tenham um alvo de aquisição adequado", disse uma fonte do setor financeiro que pediu para permanecer anônima.

A Iberdrola, que tem sido mencionada como possível interessada das distribuidoras de eletricidade Cleco, do estado da Lousiana, e Oncor, do Texas, se recusou a comentar.

O mandato para o JPMorgan é para a venda de participações minoritárias em vários ativos de energia renováveis, como parques eólicos maduros ou usinas de energia solar que podem valer cerca de 2 bilhões de euros, disseram duas fontes com conhecimento do assunto. O JPMorgan se recusou a comentar.

A Iberdrola tem ativos que totalizam 14.400 megawatts (MW) de energia renovável em todo o mundo, com 5.700 MW na Espanha e 5.457 MW nos Estados Unidos.

A empresa já contratou o Morgan Stanley para explorar a venda de uma participação minoritária no negócio de distribuição na Espanha como parte de seu movimento mais ousado para impulsionar os ganhos desde 2011, em uma estratégia para reduzir a exposição na Espanha e investir no exterior.
A venda desse negócio poderia levantar cerca de 3 bilhões de euros, disse o analista do UBS Alberto Gandolfi, em nota a clientes. Duas fontes com conhecimento direto deste processo confirmaram esta avaliação.

A Iberdrola gostaria de acrescentar mais ativos de distribuição de energia elétrica em seu portfólio nos EUA, disseram duas das fontes. Tais ativos são atraentes porque oferecem um lucro recorrente e seu desempenho é menos dependente dos movimentos de preços da energia.

Reformas no setor de energia da Espanha que visam reduzir um déficit tarifário no mercado regulado colaboraram para aumentar as perdas da companhia, tirando 1,4 bilhão de euros de seu lucro desde 2011. A empresa tem 26 bilhões de euros em dívidas.

O financiamento de uma aquisição por meio de vendas deve permitir que a empresa evite pedir mais dinheiro emprestado ou dilua o seu capital social trazendo novos acionistas. Por Por Andrés González e Arno Schuetze | Reuters | Leia mais em Yahoo 06/10/2014

06 outubro 2014



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