03 outubro 2014

"Economia só retoma depois de Olimpíada"

Diego Báez, sócio da Heartman House Consultores

Como está o cenário para investimentos em private equity no Brasil em 2015?

Os investidores estão olhando com muito cuidado o Brasil, ninguém quer arriscar previsões. O próximo ano, 2015, o crescimento pode ser entre menos 0,1%, e 0,1%, estagnado, e não vai acontecer nada. E em 2016, a economia só vai começar a andar depois das Olímpiadas. Só vamos começar a sair do vale, para não chamar de depressão, mais ou menos no segundo semestre de 2016. E só em 2017 teremos um pouquinho de retomada. E é mais ou menos o que irá acontecer com esse mercado de private equity. Está todo mundo [gestores] tentando captar fundos em dólar, mas o Brasil não chama mais tanta atenção como antes.

É o fator eleitoral que atrapalha essas expectativas?

Conversei com os fundos grandes Gávea, Tarpon e Stratus. Os três falaram o seguinte: essa eleição não é a mesma de 2002 quando entrou o Lula, nós sabemos o que vai acontecer, e não é surpresa para ninguém, a economia ficará estagnada pelos próximos três anos. O Brasil entrou num ritmo econômico que não está mais em ascensão. Crescimento de 12% ao ano em private equity não é uma coisa sensacional, mas é muito melhor que a Europa.

O que mudou na percepção do investidor internacional?

Desde que os fundos de private equity começaram a funcionar no formato que a gente conhece hoje no Brasil, o setor vinha crescendo a uma média de 20% ao ano, todo ano, o que chamou uma atenção muito grande do mundo. Era um retorno muito bom até uns três anos [2011]. Mas depois perdeu esse ritmo e estagnou. Mas o Brasil ainda tem muitas oportunidades, e quando comparado a Europa, a projeção mais otimista lá é de recuperação em 5 anos. Ernani Fagundes Leia mais em DCI 03/10/2014

03 outubro 2014



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