29 julho 2014

Fusões e aquisições têm suave retração até junho

Um levantamento realizado pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) mostra que no Brasil foram concluídas 393 transações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano, ante 398 operações nos seis primeiros meses de 2013, o que representou uma queda de 1,3%. O número ficou em linha com a média de operações registradas no primeiro semestre dos últimos cinco anos, de 392 transações. Mais da metade das operações não tiveram seus termos divulgados e, por isso, a PwC não faz estimativa do volume financeiro envolvido.

“Havia uma expectativa de redução no número de fusões e aquisições devido à realização da Copa do Mundo da Fifa no Brasil, mas não houve esse impacto”, disse Alexandre Pierantoni, sócio da PwC e principal executivo de fusões e aquisições na consultoria. De acordo com o levantamento, em junho foram registradas no país 72 operações, o que representou um aumento de 8,3% em relação a junho de 2013.

Na avaliação de Pierantoni, o país tende a apresentar no segundo semestre um volume de operações semelhante ao verificado no ano passado. “O Brasil ainda continua atrativo para investidores estrangeiros. Mesmo com as incertezas do cenário político e econômico, a tendência é que o volume de operações mantenha uma certa estabilidade”, disse o executivo.

No semestre, houve queda da participação de grupos estrangeiros nas operações de fusões e aquisições, para 150 transações, ante 154 no ano passado. Já o número de operações apenas com grupos nacionais avançou para 212, ante 199 um ano antes. A consultoria também apontou uma redução da participação de fundos de private equity nas transações, com 151 operações realizadas no semestre, ante 201 no ano passado.

De acordo com o levantamento da PwC, não houve mudanças significativas no tipo de operação realizada. No semestre, 51,7% das operações foram de compra de participação majoritária em empresas nacionais, seguida por compras (40,5% das transações), joint ventures (4,1%), incorporações (2%) e fusões (1,8%).

Em relação aos setores que atraíram negócios, o segmento de tecnologia da informação (TI) manteve-se na liderança, com 57 transações, ou 15% do total. Em relação ao primeiro semestre do ano passado, houve um aumento de 1,8% em número de transações. Entre as operações que envolveram mais volume financeiro na área de TI estão a compra da Niyati pela B2W por R$ 127 milhões e a aquisição da Rezende Sistemas pela Linx, por R$ 49,9 milhões. A PwC também destacou o aporte de R$ 10 milhões que e.Bricks, Qualcomm e DGF Investimentos fizeram na Ingresse.com.

Outro setor que apresentou número expressivo de fusões e aquisições foi o de serviços auxiliares, com 40 transações, ante 47 no ano passado. O terceiro setor em número de transações foi o de varejo, com 39 operações, seguido setor financeiro (38) e mineração (25). O setor financeiro foi o que apresentou maior incremento no total de operações, de 58,3% na comparação anual.

Na avaliação de Pierantoni, o mercado brasileiro tende a apresentar na segunda metade do ano novas transações – principalmente de aquisições parciais ou totais – nos segmentos de tecnologia, educação e bens de consumo, tendo como alvo companhias com operação regional. Fonte: Valor Econômico | Por Cibelle Bouças | De São Paulo | leia mais em tbsconsultoria 28/07/2014

29 julho 2014



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