24 junho 2013

Eike avalia vender ações da MMX; mineradora pode se desfazer de ativos

A MMX, mineradora do empresário Eike Batista, está avaliando "oportunidades de negócios", incluindo a venda de ações do controlador da companhia e ativos para investidores nacionais e estrangeiros.

A empresa informou em fato relevante nesta segunda-feira que "contratou assessores financeiros e iniciou um processo competitivo e organizado, focado em gerar valor para todos os seus acionistas".

"O sucesso das operações estará sujeito aos riscos característicos de processos dessa natureza, às aprovações societárias das partes envolvidas, bem como de órgãos governamentais competentes", acrescentou o diretor-presidente da MMX, Carlos Gonzalez, em comunicado ao mercado.

As ações da MMX abriram em queda de 7 por cento na bolsa paulista nesta segunda-feira, reagindo à notícia. Às 10h21, os papéis cediam quase 5 por cento, a 1,21 real, enquanto o Ibovespa tinha perda de 1,83 por cento.

Os papéis da mineradora acumulam queda de mais de 70 por cento desde o início do ano, em meio a uma desconfiança generalizada de investidores com as empresas de Eike --que não têm conseguido entregar os resultados prometidos.

Eike tem 59,3 por cento do capital da MMX, segundo o site da companhia. A chinesa Wisco detém 10,5 por cento das ações e a SK Networks, que faz parte do SK Group, um dos maiores conglomerados da Coreia do Sul, 8,8 por cento. Os demais 21,4 por cento são detidos por outros acionistas.

Além de projetos de exploração de minério de ferro em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, a MMX constrói atualmente um porto para escoamento da produção, no litoral do Rio de Janeiro.

A mineradora está realizando um plano de revisão de investimentos que tem previsão para ser concluído neste mês.

A expansão de Serra Azul, em Minas Gerais, prevista para o segundo semestre de 2014, deverá ser adiada em um ano por dificuldades de obtenção de crédito e de licenciamento, disse em abril o presidente da companhia. O projeto, com estimativa de produção de 29 milhões de toneladas por ano, é fundamental para a empresa.

Na semana passada, a Reuters informou que o projeto de Serra Azul está paralisado por um procedimento do Ministério Público de Minas Gerais junto à empresa, dificultando a obtenção de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A indefinição sobre a barragem de rejeitos há meses aflige analistas de mercado que acompanham a MMX, pois um empréstimo bilionário do BNDES fundamental ao projeto de 4,8 bilhões de reais depende, entre outras questões, do licenciamento. (Por Alberto Alerigi e Gustavo Bonato)Reuters
Fonte: portalsoma 24/06/2013

24 junho 2013



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