26 março 2013

Pagamentos móveis podem estrear com pequeno valor

O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, afirmou nesta terça-feira que o serviço de pagamentos móveis deve começar com um modelo de transações de baixo valor. "Não sei se temos tecnologia avançada suficientemente para dizer que é 100% seguro. No começo, tem de trabalhar com valores mais baixos. Não se pode pensar em transferir grandes valores com uma tecnologia nova e que se pretende ser inclusiva", afirmou.

 Mendes disse que as transações móveis não devem substituir a tecnologia de uso de cartão de crédito físico. "São coisas que vão conviver, não há substituição." Ele disse ainda que a medida provisória (MP) que tratará do assunto abrangerá meios de pagamento de uma forma mais ampla, incluindo instituições que usam a internet para oferecê-los, mas que não são bancos. Mendes acrescentou que ainda não há data para a MP dos Pagamentos ser enviada ao Congresso. "Há também a questão de oportunidade política sobre quando apresentar ao Congresso. Isso compete à Casa Civil. Imagino que isso é que esteja sendo levado em consideração", declarou. Por EDUARDO CUCOLO

 Pagamentos móveis não incluem todas as empresas 

Depois de ter afirmado nesta terça-feira que a minuta da medida provisória (MP) que tratará dos pagamentos móveis no Brasil está pronta e poderá ser enviada em breve ao Congresso, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, disse que os modelos que estão em teste hoje são parcerias bilaterais ou multilaterais fechadas - não abrangem todas as instituições financeiras e operadoras.

 De acordo com Mendes, esse não é o futuro desse mercado. "Há bancos com iniciativas junto a operadoras de telefonia e bandeiras de cartão, projetos-pilotos. São tentativas válidas, mas não é exatamente por parcerias bilaterais e não abertas que vamos chegar ao que o BC entende como futuro desse mercado", afirmou. Segundo ele, as plataformas têm de ser interoperáveis - qualquer banco ou operadora de cartão e telefonia têm de se falar. Por EDUARDO CUCOLO

MP dos Pagamentos Móveis está pronta, anuncia BC 

 O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, afirmou nesta terça-feira que a minuta da medida provisória (MP) que tratará dos pagamentos móveis no Brasil está pronta e poderá ser enviada em breve ao Congresso.

 O texto, elaborado por um grupo de trabalho do BC e do Ministério das Comunicações, recebeu sugestões dos Ministérios da Fazenda e da Justiça e está hoje na Casa Civil. Mendes afirmou que a MP é um guarda-chuva e não quis entrar em detalhes operacionais. A partir dela, o banco e o Ministério das Comunicações farão a regulamentação infralegal.

 Ele afirmou que o BC não tem pretensão de regular telefonia. "Mas há empresas ligadas a pagamentos que hoje não são reguladas por ninguém. Isso gera incertezas", afirmou.

Mendes disse que a regulação deve contribuir para dirimir incertezas, principalmente dos agentes que não são bancos. Mendes disse ainda que o governo vai exigir das empresas que vão operar com pagamentos móveis que suas redes tenham um padrão mínimo de funcionamento e confiabilidade, para que o cliente não fique, por exemplo, sem sinal para fazer sua transação financeira por celular.

 Ele deu como exemplo o Sistema de Transferência de Reservas (STR), pelo qual são feitas transferências por meio de TEDs e que têm 99,8% de disponibilidade. "Você pegou um táxi e fez a transferência para o motorista. Ele baixa o pino e não deixa você sair enquanto o dinheiro não entrar na conta dele", afirmou o diretor dando um exemplo do que não poderia acontecer nesse sistema.

 Segundo Mendes, a experiência internacional mostra que, primeiro, deve estar disponível um sistema para transferências entre contas bancárias. Em um segundo momento, pagamentos a comerciantes, que exigem tecnologia mais avançada, e quitação de contas de consumo ou boletos. O terceiro passo seriam os pagamentos feitos pelo governo de benefícios sociais. Por Eduardo Cucolo, da Agência Estado
Fonte: estadao 26/03/2013

26 março 2013



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