14 janeiro 2013

BB busca aquisições nos EUA e ações aceleram ganhos

Bradesco, Itaú Unibanco e Santander seguem alta; analista indica que setor pode ser beneficiado por alteração sobre regras de Basileia III

 As ações do Banco do Brasil (BBAS3) aceleram os ganhos no pregão desta segunda-feira (14), impulsionadas pela notícia de que o maior banco da América Latina por ativos negocia comprar bancos na Flórida e em New Jersey para atender brasileiros que moram nos Estados Unidos.

Às 15h58 (horário de Brasília), os papéis do banco subiam 3,46%, aos R$ 26,88, enquanto o Ibovespa avançava 0,78%, aos 61.977. Na máxima do dia, as ações atingiram valorização de 4,08%, aos R$ 27,04.

Segundo reportagem da Bloomberg, as negociações estão em andamento com os possíveis alvos das aquisições, disse Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente da área internacional do Banco do Brasil, em entrevista na semana passada em São Paulo. Ele, contudo, não quis nomear os bancos, mas acrescentou: "há muitas oportunidades para aquisições nos Estados Unidos".

Essa arrancada dos papéis do Banco do Brasil, entretanto, reflete um fluxo de notícias positivas, não somente a busca por aquisições nos Estados Unidos, pondera o analista da Infinity Asset, Henry Ervard.

 Recentemente, o banco informou sua intenção de realizar no ano que vem uma oferta pública primária e secundária de ações de emissão da BB Seguridade. A instituição estuda a possibilidade de criar uma estrutura a parte para sua área de mercado de capitais, colaborando com sua intenção de se tornar o maior banco de investimentos do País.

 Para Ervard, a expectativa do IPO (Initial Public Offering) da área de seguridade do banco ainda traz um momento positivo para o papel.

 Ações do Santander, Bradesco e Itaú Unibanco acompanham arrancada Mas essa arrancada não é vista apenas nas ações do BB: os papéis do Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11) e Itaú Unibanco (ITUB4) subiam no mesmo horário 1,50%, aos R$ 37,83, 1,42%, aos R$ 15,73, e 1,20%, aos R$ 35,46. Em resposta, o índice IFNC - que acompanha as ações do setor financeiro - registra alta de 1,06%.

 Em relatório do Banco Espírito Santo, o analista Gustavo Schroden avalia que o setor pode ser beneficiado por uma alteração do Banco Central e Ministério da Fazenda ao permitir que os bancos reconheçam os créditos fiscais como patrimônio de referência sob as regras de Basileia III.

 Em outras palavras, dado que o crédito fiscal é um passivo da Receita Federal com os bancos, o governo vai se comprometer a emitir uma dívida pública na mesma quantidade em caso de falência bancária.

 Caso ocorra, o Banco do Brasil seria o mais beneficiado com a nova medida, dado que tem o menor índice de Basileia, no entanto, ele destaca que o Bradesco e Itau Unibanco têm maior exposição a créditos tributários. Por último, o Santander provavelmente seria o menos beneficiado.
Fonte: infomoney 14/01/2013

14 janeiro 2013



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