15 junho 2012

Inauguração de 73 shoppings no país abre espaço para novos negócios

O ritmo de expansão dos shoppings centers no Brasil está acelerado e novas oportunidades de negócios para o comércio e varejo surgem para os empreendedores que estiverem atentos.

A expectativa da Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers) é de que 73 shoppings sejam inaugurados em todo o país até o final de 2013, 32 deles ainda este ano.

 De acordo com a entidade, a área locável dos novos centros comerciais tem capacidade para, aproximadamente, 14 mil lojas. Já em 2012, 6.500 delas estarão prontas, o que deve atrair um público médio de 31,4 milhões de visitantes por mês.

Shopping recém-inaugurado é mais indicado a quem já tem loja
Para Marcos Hirai, sócio-diretor da BG&H Real Estate, consultoria especializada em expansão de redes de varejo, abrir uma loja em um desses novos empreendimentos pode ser uma boa oportunidade de negócio, mas é preciso cautela.

Mapa de Expansão dos Shoppings


 Hirai afirma que os shoppings têm uma fase de maturação entre três e cinco anos. Neste período, o fluxo de visitantes é menor e o lojista que não tiver um bom capital de giro corre mais riscos.

 “Abrir uma loja em um novo shopping é mais indicado para quem quer expandir a rede e não para marinheiros de primeira viagem. O consumidor leva um tempo para mudar seus hábitos e se adaptar ao local."

 O retorno do investimento tende a ser mais rápido em centros comerciais consolidados. De acordo com Hirai, em um shopping novo, o lojista consegue recuperar o capital investido, em média, em até 60 meses. Num empreendimento já instalado, o tempo não passa de 36 meses.

 Empresária aproveita abertura de shopping para expandir rede 
Há dez anos, quando o Mauá Plaza Shopping foi inaugurado em Mauá, no ABC paulista, a empresária Andreia Galvano, 38, aproveitou a oportunidade para abrir a segunda loja de sua rede, a Feitio Urbano.

 A adaptação ao shopping foi tão boa que ela ampliou o espaço e optou por fechar a loja na rua, que ficava a menos de um quilômetro do novo ponto comercial. “Pela proximidade das lojas, os clientes acabavam divididos”, afirma.

 Segundo Galvano, o faturamento da loja no shopping é entre 40% e 50% superior ao da antiga loja de rua, enquanto os gastos são 20% maiores. “Preferi ficar no shopping porque é mais rentável.”

 Começar negócio em shopping é mais difícil 
Na opinião do professor da escola de administração de empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Maurício Morgado, o lojista que pretende abrir a primeira loja de sua rede em um shopping encontra maior dificuldade.

 As administrações destes centros comerciais costumam selecionar os lojistas e dificultam a entrada de micro e pequenos empresários, principalmente se não tiverem experiência em outras lojas.

 “Para se dar bem em shopping, precisa ser muito profissional. Isso explica o grande número de franqueados nesses ambientes. A franquia oferece garantias de que o empreendedor tem o mínimo de capacitação para operar o negócio”, diz.

 Franqueados também devem estudar entrada em shopping 
Franqueado da Vita Derm, rede de cosméticos e estética, na Zona Leste da capital paulista, o empresário Edison Viotto, 57, decidiu abrir sua segunda unidade da marca. O ponto escolhido foi o Shopping Boulevard Tatuapé, na mesma região onde já possuía uma loja de rua.

 Mesmo com o suporte do franqueador, Viotto afirma que estudou durante um ano sua entrada no shopping. Primeiro, ele comparou os custos da futura loja com os do ponto na rua. Depois, fez visitas frequentes ao shopping, em horários diferentes para avaliar se o público era compatível com o negócio.

 “Com isso, projetei o valor de faturamento e vi que era uma boa oportunidade. As vendas no ponto do shopping são praticamente o dobro da loja de rua”, afirma. Por Afonso Ferreira
Fonte:UOL 15/06/2012

15 junho 2012



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