Plano de expansão da Brasil Brokers inclui sete aquisições

Empresa prevê um crescimento que acompanhará a economia este ano e aposta em novas regiões para dominar o mercado por todo o País

 Para dominar o mercado de venda de imóveis, seja usado ou lançamento, a corretora de imóveis Brasil Brokers afirma que vai manter um plano otimista de expansão, com foco em aquisições. Este ano a empresa espera fechar contrato de sete aquisições e contar com crescimento orgânico para superar os R$ 19,4 bilhões vendidos em 2011. De acordo com o vice-presidente de Operações da empresa, Julio Piña o ano será positivo, e ainda que a empresa não cresça no mesmo patamar do ano passado, a previsão é otimista. “Registramos ano passado um crescimento de 21% em negócios, para este ano, prevemos um crescimento sólido, mas não tão grande quanto o registrado em 2011”, disse.

 Entre as possibilidades de aquisição, o executivo ressaltou regiões em que ainda há perspectiva de crescimento. “No interior de São Paulo, por exemplo, nós já atuamos e queremos ampliar a nossa fatia de mercado. Por isso nós procurarmos também iniciativas por lá”, disse Piña, lembrando que as imobiliárias que poderão ser adquiridas podem ser tanto para venda de imóveis novos quanto do mercado de usados.Este ano a empresa já comprou duas imobiliárias para penetrar no mercado secundário. “Estamos otimistas com a venda de imóveis usados, que hoje representa cerca de 15% do nosso negócio”, disse. As compras já realizadas em 2012 envolvem a Bamberg Planejamento e Empreendimentos, de São Paulo, por R$ 25,5 milhões, e a Miranda Imobiliária, localizada no Distrito Federal, por R$ 6,6 milhões.

 Quando o assunto são compras na Região Nordeste Piña também não descarta ações. “Hoje estamos bem focados no nordeste e atendemos bem a região, com quase 80% do mercado”, explicou. Hoje a empresa atua com escritórios em Manaus (AM), Belém (PA), Recife (PE) e Salvador (BA).

 Para este ano, Piña explica que haverá no mercado uma sofisticação das vendas e que os compradores estarão mais seletivos, mas não receosos.

 “Podemos notar uma velocidade de vendas menor do que a registrada ano passado, mas ainda sim é um cenário positivo”, argumenta o executivo, ao lembrar que o bolo de vendas final não deverá ser alterado. 

Oportunidades 
 Para driblar a concorrência a empresa iniciou um forte plano de vendas pela Internet. A ideia é que os internautas passem pela experiência de compra, em primeiro lugar, no computador de casa. “Hoje 70% dos negócios fechados na nossa empresa passam, em algum momento, por uma consulta on-line”, diz Piña. 

Outro filão do mercado que a empresa começa a desbravar com mais força agora é a venda de imóveis no Brasil para estrangeiros, e em contra partida, para brasileiros que compram casas fora do País. “Este é um mercado que cresceu consideravelmente nos últimos três anos, e estamos atentos a essa mudança”, declara.

O executivo lembra ainda que recentemente a empresa realizou na cidade de São Paulo um feirão de vendas de imóveis situados em Miami (Estados Unidos) o qual foi um sucesso. “Temos muitos brasileiros interessados em fazer negócio fora do Brasil, e nós estamos também cobrindo esta lacuna”, afirma.

 No ano passado, a empresa afirma ter registrado um aumento de 46% em seu lucro líquido, que atingiu R$ 106,6 milhões. A receita e do lucro antes juros, amortização e depreciação (Ebitda) também tiveram crescimento de dois dígitos, 21% e 25%, respectivamente, alcançando R$ 407,7 milhões e R$ 151,7 milhões.

 E quando o assunto é bolha imobiliária o executivo garante que a empresa não está pisando no freio por medo de uma crise. “Não existe bolha no Brasil. Existe demanda, clientes mais seletivos, o que desacelera a velocidade de vendas, mas não diminui o bolo de vendas no final do ano”, diz.

 “O mercado entra agora em um momento em que busca estabilidade”, explica Piña, que completa: “Por isso vamos ver os preços subirem um pouco em cidades como o Rio de Janeiro, em função dos megaeventos dos próximos anos, mas também veremos uma estabilidade em locais como Brasília”, afirma. 

Hoje a empresa atua com mais de 620 parceiros incorporadores espalhados no Brasil. “Estima-se que o setor de compra e venda de imóveis tenha movimentado R$ 400 bilhões em 2011, por isso nosso otimismo para 2012”, finaliza.

 Ações 
 No último mês, a Government of Singapore Investment Corporation (GIC) alcançou uma participação de 5,48% no capital social da Brasil Brokers Participações. O fundo soberano com sede em Cingapura agora detém 10,5 milhões de ações ordinárias da companhia. O GIC informou que o interesse na Brasil Brokers é de apenas manter um portfólio diversificado na sua carteira de investimentos. A companhia afirma não ter interesse em alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa. Por: Paula Cristina
Fonte: DCI 08/05/2012

08 maio 2012