16 maio 2012

Fusões pesam no caixa do Magazine Luiza

Processos de integração dos negócios da rede com Lojas Maia e Baú, que custaram R$ 33,5 milhões no trimestre, levam empresa a prejuízo histórico de R$ 40,7 milhões

 A integração com as redes Maia e Lojas do Baú têm pesado nas contas do Magazine Luiza neste ano. No total, de janeiro a março foram gastos R$ 33,5 milhões com despesas extraordinárias provenientes dos processos de junção dos negócios, que envolvem sistemas e centros de distribuição, entre outros.

 Segundo o presidente da rede, Marcelo Silva, a previsão é que estes gastos só desapareçam no quarto trimestre deste ano, quando o processo será finalizado. Os gastos levaram a empresa a atingir seu pior resultado trimestral desde que passou a divulgar seus balanços, em 2010, com prejuízo de R$ 40,7 milhões, queda de mais de 400% em relação a igual período do ano passado.

 Mesmo com a queda brusca, a rede está otimista para o segundo trimestre.

 “Estamos muito confiantes de que o próximo resultado será positivo e crescente ao longo do ano”, diz o executivo.

 A integração sistêmica das Lojas do Baú, última etapa do processo, foi concluída no final de fevereiro de 2012.

 Segundo a empresa, a conclusão possibilita a captura de sinergias por meio da redução de despesas administrativas e de logística, com o encerramento dos contratos de locação dos centros de distribuição do Grupo Silvio Santos.

 A Lojas Maia iniciou a integração sistêmica no segundo trimestre do ano. A rede, centrada na região Nordeste do país, foi comprada em julho de 2010 por cerca de R$ 300 milhões.

 Racionalização de despesas 

 No prejuízo desde o quarto trimestre do ano passado, o Magazine Luiza colocou em prática no fim de 2011 um programa de racionalização de despesas que, segundo Silva, inclui todo tipo de gasto operacional.

 Este tem sido o foco principal da companhia desde janeiro de 2012,e inclui a revisão dos quadros administrativos e de lojas. “Os meses de janeiro e fevereiro foram muito penalizados com o programa”, diz Silva.

 Em meio a essas turbulências, a rede teve aumentos nas vendas de 25,7% no trimestre, comparado ao mesmo período de 2011, e a receita atingiu RS 2,1 bilhões.O destaque ficou por conta do comércio eletrônico, que teve crescimento de 42,8%. Por Carolina Pereira
Fonte: Brasil Econômico 16/05/2012

16 maio 2012



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