04 maio 2012

Facebook pode obter até US$ 13,6 bilhões com oferta

O Facebook fixou a faixa de preço para sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) em US$ 28 a US$ 35 por ação, num acordo histórico que levantará não menos que US$ 13,6 bilhões para a rede social e o pessoal da casa.

 A faixa preliminar de preços atribui à empresa um valor de US$ 77 bilhões a US$ 96 bilhões. Coloca a rede social em condições de se tornar a empresa americana de internet mais valiosa na época de uma IPO, ultrapassando a avaliação de US$ 23 bilhões do Google. Também situará o Facebook pouco atrás da capitalização de mercado da Amazon.com e à frente de outras gigantes tecnológicas, como a Hewlett-Packard.

 O Facebook divulgou sua faixa de preços em documento encaminhado à autoridade reguladora, no qual afirmou que pretende vender 337,4 milhões de ações. Cerca de metade dos papéis está sendo comercializada por fundadores, funcionários e investidores de primeira hora.


Com a faixa preliminar de preço, valor da companhia fica entre US$ 77 bi e US$ 96 bi, ultrapassando o Google 

 Pessoas familiarizadas com a questão tinham dito que o Facebook previa abrir seu capital a uma avaliação de até US$ 100 bilhões.

 A participação do principal executivo, Mark Zuckerberg, no Facebook, é avaliada em não menos que US$ 18,7 bilhões. Zuckerberg também manterá ou terá a capacidade de controlar aproximadamente 57,3% do poder de voto do estoque de capital em poder do público depois da oferta.

 Apenas cerca de duas semanas separam, ao que tudo indica, a rede social de uma precificação definitiva e da primeira transação de suas ações na Bolsa Nasdaq, sob o símbolo FB. A empresa pretende iniciar sua turnê promocional para apregoar suas ações para os investidores na segunda-feira, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

 As empresas normalmente tentam ajustar suas informações relativas à precificação depois de terem divulgado a primeira faixa de preços. Isso significa que o preço dos papéis do Facebook poderá subir nos próximos dias, dependendo da demanda observada pelos dirigentes dos bancos de investimento da empresa em sua divulgação do negócio para investidores institucionais na turnê promocional. A oferta está sendo encabeçada por Morgan Stanley, JPMorgan e Goldman Sachs.

 A faixa pretendida está no limite inferior do valor previsto por alguns investidores. Na bolsa privada SharesPost, as ações do Facebook fecharam pela última vez em mais de US$ 44.

 Se o Facebook acabar abrindo o capital no limite inferior da faixa de preço, será uma decepção para investidores como Kevin Landis, do fundo de tecnologia Firsthand Capital de San José, Califórnia. Landis comprou ações do Facebook no mercado secundário por US$ 31 a US$ 32 a unidade, ao longo do último ano, e concordou em não vender as ações por seis meses após a oferta pública inicial.

 "Já me surpreendi antes, mas ficarei surpreso novamente se ela acabar fixando o preço no limite inferior da faixa", disse Landis. Ele acrescenta que ainda não está preocupado. Isso em parte porque o limite inferior pode ser uma tática para criar expectativa com a oferta pública inicial.

 A abertura de capital do Facebook é um divisor de água para o Vale do Silício, que vive uma onda de ofertas públicas iniciais de ações de empresas da nova geração da internet. Mas mesmo em meio à explosão, que resultou em empresas como o Groupon e a companhia de jogos sociais Zynga, o Facebook se destaca. A rede social angariou um público de mais de 900 milhões de usuários desde sua fundação, em 2004, e foi tema do filme "A Rede Social", que foi vencedor do Oscar.

 Assim como a abertura de capital da Netscape (que criou o navegador da internet de mesmo nome), na metade da década de 90, que produziu uma onda de outros negócios na internet, o Facebook também vem gerando novas companhias que operam em sua plataforma. Essas empresas vão da Zynga a sites com boas perspectivas de sucesso como o Pinterest, um quadro de avisos virtual.

 O alcance do Facebook também não tem precedentes. A companhia, fundada por Zuckerberg e alguns amigos da Universidade Harvard, aproxima-se rapidamente agora da marca de 1 bilhão de usuários, e continua atraindo público em mercados demográficos numerosos e internacionais. Ela deverá abordar agora o sensível - mas enorme - mercado chinês da internet.

 Mesmo assim, algumas informações financeiras divulgadas recentemente pela companhia frearam o entusiasmo em relação à abertura de capital iminente. Ao contrário de muitas outras companhias da internet que recentemente abriram o capital, o Facebook é uma empresa que apresenta lucro.

 Mas, recentemente, ele revelou que seus lucros e receitas caíram no primeiro trimestre do ano, em comparação ao mesmo período do ano passado.

 A receita no período recuou 6% em comparação ao quarto trimestre de 2011, para US$ 1,06 bilhão, enquanto o lucro diminuiu 32%, para US$ 205 milhões. Em 2011, o Facebook teve um lucro líquido de US$ 1 bilhão sobre receita de US$ 3,7 bilhões. (Tradução de Mario Zamarian e Rachel Warszawski) Por Shayndi Raice, Anupreeta Das e John Letzing | The Wall Street Journal
Fonte: Valor Econômico 04/05/2012

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 Facebook avança no Brasil 

 O Brasil passou a ser o segundo país do mundo com mais usuários do Facebook, de acordo com relatório divulgado pelo site Social Bakers, especializado em estatísticas sobre redes de relacionamento.
Com o avanço de 22,2% no primeiro trimestre do ano, para 46,3 milhões de usuários cadastrados, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos, que tem 157,2 milhões de usuários.
Fonte: Valor Econômico Destaques 04/05/2012

04 maio 2012



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