14 abril 2012

Siemens investirá em empresas iniciantes brasileiras

Até setembro, grupo alemão vai selecionar de seis a dez startups, e destinar até US$ 1 milhão a cada uma

As empresas iniciantes brasileiras atraem a atenção do mundo. A Siemens resolveu trazer ao País o programa New Ventures Forum, para investir em startups brasileiras das áreas de energia e biocombustíveis. A empresa alemã receberá projetos até 15 de junho, e vai selecionar de seis a dez deles, que podem receber até US$ 1 milhão cada, em troca de uma participação acionária.

A ideia é que, em até dois anos, as empresas de sucesso sejam absorvidas pela Siemens. Esse programa de "spin in" (incorporação de empresas) da Siemens existe somente em duas outras cidades: Berkeley, nos Estados Unidos, e Xangai, na China.

"Foi uma vitória conseguirmos trazer a iniciativa para o Brasil", disse Ronald Dauscha, diretor de Tecnologia e Inovação da Siemens no Brasil. "Outros países em que estamos presentes, como Israel e Japão, também estão interessados em recebê-la."

A Siemens espera receber cerca de 120 inscrições. O público-alvo são as 6 mil empresas das cerca de 400 incubadoras existentes no País. As candidatas devem faturar até R$ 2 milhões. "Pode ser também uma ideia, um plano de negócios", explicou Dauscha.

As empresas selecionadas passarão por um processo de preparação de três dias, em setembro, e depois serão avaliadas por uma equipe formada por especialistas independentes e representantes da Siemens. As inscrições devem ser feitas até 15 de junho, e as informações estão em www.siemens.com.br/ttbx-brasil.

O objetivo é fortalecer e ampliar o portfólio de produtos e serviços da Siemens. Já foram incorporadas uma dezena de empresas que passaram pelo programa em Berkeley e uma dezena em Xangai. Uma das empresas americanas desenvolveu um sistema de Wi-Fi (rede local sem fio) resistente a ruído, para ser usado em ambientes industriais, e se transformou num negócio de US$ 40 milhões.

A Siemens tem seis centros de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, e está para inaugurar o sétimo, no Rio de Janeiro, especializado no setor de óleo e gás.

Interesse. O Brasil tem atraído investidores do mundo todo. A Telefônica lançou no ano passado o projeto Wayra, para investir em startups brasileiras. A Intel Capital já investe há vários anos em empresas locais. Além disso, os fundos internacionais de investimento têm criado escritórios no País, como é o caso do Redpoint, que colocou recursos em quatro startups brasileiras. Por RENATO CRUZ
Fonte: O Estado de SP 14/04/2012

14 abril 2012



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