23 abril 2012

Logística tem recorde de fusões e aquisições

Mais de 60% das cargas transportadas pelo Brasil viajam exclusivamente por rodovias. Em países também marcados por proporções continentais, como Estados Unidos e China, a matriz de transporte se mostra mais diversificada, com o modal rodoviário dividindo espaço com alternativas como ferrovia, dutovia e hidrovia. Assim, conseguem fazer com que apenas 30% das cargas, aproximadamente, passem pelas estradas. Já em outros países, como na Rússia, a participação das rodovias nesse conjunto é ainda menor e chega a ser inferior a 10%.

 Estes números, que deixam em evidência o peso do transporte rodoviário no Brasil, são mencionados por Luiz Feresin, diretor da consultoria internacional Booz & Company, ao analisar o potencial de desenvolvimento do setor de logística no país.

A tendência, segundo ele, é que as empresas passem a oferecer serviços complementares a esse tipo de transporte, como armazenamento de produtos ou distribuição. Ou, ainda, integrem às rodovias outros tipos de modais. “As empresas buscam contemplar as várias fases do transporte”, explica.

“É uma migração de transportes para logística, o que leva ao conceito de intermodalidade.”

Além disso, as empresas podem diversificar os serviços oferecidos, de forma a diminuir a representatividade do transporte rodoviário, que é o modal menos eficiente e mais agressivo ao meio ambiente.

 Este movimento é percebido ao observar as fusões e aquisições envolvendo empresas do setor. Em 2011, atingiram a marca recorde de 40 operações, segundo dados da consultoria KPMG. “Por meio dessas operações, as empresas conseguem diversificar ou complementar as atividades que já exercem”, destaca Luiz Motta, sócio da KPMG.
Fonte:Valor 23/04/2012

23 abril 2012



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