18 abril 2012

Demanda por redes e dados atrai Ascenty

O americano Chris Torto é um empreendedor que gosta de novos desafios. Aos 47 anos, já abriu duas empresas nos Estados Unidos, fundou no Brasil a operadora de TV paga Vivax (vendida para a Net em 2007) e agora está entrando em sua quarta iniciativa.

Trata-se da Ascenty, companhia que irá operar nos segmentos de telecomunicações e centros de dados no Brasil. A nova empresa nasce com investimento de R$ 250 milhões feito por Torto e pelo fundo de investimento americano Great Hill Partners - que já teve participações na Vivax e no Buscapé. "Estou muito animado. O projeto do momento é sempre o mais emocionante de todos", disse ao Valor.

De acordo com o executivo, o objetivo da nova companhia é oferecer infraestrutura e serviços fora do eixo Rio-São Paulo. "O Brasil tem pouca oferta de rede e centros de dados, e o que há disponível está muito concentrado", diz.

A história da Ascenty começou a ser traçada há cerca de 18 meses, quando Torto criou duas empresas separadas para operar nas áreas de telecomunicações e centros de dados: Metro Fiber Brasil Telecomunicações (MFB) e Data Centers do Brasil (DCB). Ao perceber o crescimento dos negócios, o executivo decidiu que seria mais interessante unir as operações. "Não dá para ter uma atividade de centros de dados sem rede", diz. O nome Ascenty foi emprestado de uma companhia paulista de centros de dados comprada em fevereiro.

Torto não revela o faturamento da companhia, mas afirma que o objetivo é fechar o ano com um volume três vezes maior. Para comandar a Ascenty, o executivo chamou antigos conhecidos, como Roberto Rio Branco (ex-diretor operacional da Vivax) e Ricardo Soares (ex-diretor de engenharia da operadora). "Com o tempo, percebi que o dinheiro nunca é o problema para uma empresa iniciante, mas sim as pessoas. Por isso, procurei as pessoas em quem confiava", diz.

Ao todo, a Ascenty tem mil quilômetros de fibras ópticas próprias nas regiões do ABC Paulista e Campinas. Na lista de clientes estão operadoras, mas Torto afirma que o objetivo também é vender para companhias de outros setores. Dos R$ 250 milhões aportados na companhia, R$ 50 milhões serão usados na expansão da rede. No segundo semestre, a companhia pretende inaugurar um novo centro de dados em Campinas. Até 2015, a meta é construir mais quatro estruturas, sendo duas no interior de São Paulo e duas no Nordeste. Por Gustavo Brigatto
Fonte: Valor Econômico 18/04/2012

18 abril 2012



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