05 março 2012

Fleury estuda novas aquisições em grandes cidades

Ciente do longo percurso para concluir a integração com a carioca Labs D''Or, o laboratório de exames médicos Fleury estuda, em paralelo, novas aquisições para este ano. Segundo o presidente da empresa, Omar Hauache, o foco será em laboratórios nos grandes centros urbanos, que possuem pouca concentração na base clientes e alto índice de rentabilidade.

Atualmente, o Fleury atua nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Paraná, Pernambuco e Bahia. A companhia ainda não está presente em Minas Gerais. "Evidentemente, nenhuma aquisição será do porte da Labs D''Or [por R$ 1,19 bilhão, no ano passado]", disse Hauache.

Depois de uma captação de R$ 450 milhões em debêntures, o Fleury entrou em 2012 com caixa de R$ 486 milhões, dos quais R$ 260 estão comprometidos com pagamento de empréstimos e outros R$ 120 com investimentos.

As despesas provenientes da aquisição da Labs D''Or sairão completamente do balanço do Fleury no primeiro trimestre. Os números poderão apresentar ainda efeitos residuais da política de resgate de créditos, aplicada ao longo de 2011, que fortaleceu o caixa da companhia, mas comprometeu o resultado.

O impacto negativo das despesas com aquisições e resgate de recebíveis juntos foi de cerca de R$ 35 milhões no lucro líquido do ano (R$ 130 milhões, em queda de 22,6%) e de R$ 13 milhões na última linha do quarto trimestre (R$ 12,7 milhões, em recuo de 58,4%).

Além do fim dos efeitos não recorrentes, a reparação da margem Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização), que caiu 4,7 pontos percentuais no trimestre, para 15,2%, e 5,4 pontos percentuais no ano, para 17,7%, deve ocorrer em função da consolidação de resultados em alguns hospitais e serviços de imagem da Labs D''Or que não foram incluídos no balanço de 2011, diz Hauache.

Com base na experiência de recuperação de créditos, o Fleury anunciou uma nova política de provisão para inadimplência. A empresa aboliu os critérios discricionários na análise da qualidade dos recebíveis e determinou percentuais fixos mínimos conforme tempo de atraso. O impacto disso será de R$ 10 milhões no primeiro trimestre, de acordo a empresa. Por Marina Falcão e Fernando Torres
Fonte:Valor05/03/2012

05 março 2012



0 comentários: