15 março 2012

Empresários da Kelow e da Compway unem-se na KCS

Eles se consideram "dinossauros" do mercado de tecnologia da informação (TI) e se uniram para competir na área de terceirização de serviços (outsourcing). Neste mês, entra em operação a KCS Soluções, empresa fundada por Marcos Di Lascio, dono da Kelow Computadores, e Oswaldo Feltrin, presidente da Compway Informática.

Marcos Di Lascio atua no setor desde a década de 70. Ele era diretor da fabricante SID Informática, pertencente ao grupo Sharp, quando decidiu fundar a empresa de computadores Lince, em 1985. Onze anos depois, vendeu 90% da companhia à Semp Toshiba e se manteve à frente da divisão até o ano 2000, quando vendeu os 10% restantes e fundou a Kelow Computadores. A fabricante chegou a produzir 1 milhão de computadores por ano, mas atualmente produz de 240 mil a 360 mil unidades ao ano.

Oswaldo Feltrin começou a carreira na NCR Brasil, nos anos 70. Trabalhou em companhias como a Cobra Tecnologia (hoje pertencente ao Banco do Brasil) e SID Informática, Compaq e a companhia elétrica CPFL. Em 2004, tornou-se sócio da Compway Informática, voltada a serviços de infraestrutura de TI e venda de softwares.

Desde que se conheceram na SID Informática, os empresários preservaram a amizade e o interesse em desenvolver um negócio conjunto. Recentemente, descobriram que poderiam unir forças para atender o mercado empresarial, sobretudo as pequenas e médias empresas. "Há um mercado de 5 milhões de empresas que as grandes companhias de serviços não conseguem atender em função do preço", afirma Feltrin.

A KCS Soluções nasce com uma equipe de oito profissionais - vindos da Compway Informática - e um escritório em São Paulo. O valor investido na nova empresa é mantido em sigilo. Entre os serviços que serão prestados estão a instalação e o gerenciamento de redes de computadores e servidores, segurança da informação, suporte remoto, e consultoria.

Os equipamentos serão fornecidos pela Kelow Computadores. Na área de software, os empresários fecharam parceria com companhias como SAP, Microsoft, Intel e Kaspersky. "As empresas pequenas e médias privilegiam fornecedores já conhecidos. O fato de a KCS ter por trás empresas já consolidadas no país vai favorecer a atuação nesse segmento", afirma Di Lascio.

A KCS vai competir em um mercado de R$ 23 bilhões, que cresce 10% ao ano mas é dominado por multinacionais como IBM, Tata Consultancy Services (TCS), Wipro, Mahindra Satyam e HCL. Com uma campanha publicitária nas redes sociais, os autoproclamados "dinossauros" buscam se adaptar às novas demandas do mercado de TI - à semelhança das tartarugas, pertencentes a outra classe de répteis mas que, à diferença dos dinossauros, se adaptaram ao fim da era jurássica, preservando a espécie por eras. Por Cibelle Bouças
Fonte:Valor15/03/2012

15 março 2012



0 comentários: