21 fevereiro 2012

TI em logística: segredo do sucesso

O mercado de e-commerce no Brasil verm registrando um crescimento médio de aproximadamente 30% nos últimos anos, esse movimento não deve cessar, de acordo com um estudo divulgado pela Forrester Research.

Segundo o levantamento, o país deve faturar cerca de US$ 22 bilhões em 2016, o que representa um crescimento de 178% em relação aos US$ 7,9 bilhões movimentados em 2010. No entanto, por trás dessa expansão, ainda há alguns entraves a serem superados, sendo a logística um deles.

Fernando Di Giorgi, sócio-fundador da Uniconsult Sistemas, destaca que o setor vem aumentando sua profissionalização ao longo dos anos. Mas ainda existem alguns problemas a serem vencidos, como a questão da terceirização. “Em mercados como o americano e europeu, a terceirização de serviços de logística acontece de forma eficiente, pois as empresas contratadas entregam o que prometem. No Brasil, as grandes empresas acabam optando por ter uma estrutura própria para garantir a entrega da mercadoria ao consumidor no prazo correto e não ter problemas com seus fornecedores”.

Além disso, as empresas brasileiras de e-commerce ainda têm problemas no que diz respeito à sua logística interna. “Em 2010, tínhamos dois grandes problemas nesse sentido: a falta de capacitação de transporte, na parte de logística externa, e congestionamento na interna. Com a euforia nas vendas, muitas empresas potencializaram demais os seus estoques, o que dificulta a separação de produtos, a movimentação nos corredores e o cumprimento no prazo de entrega, ou seja, resultado de uma falta de visão integrada”, diz Di Giorgi.

Nesse contexto, a TI exerce um papel fundamental, na opinião do especialista, mas não somente na eficiência do canal de vendas eletrônico. “Há uma visão falsa de que a Tecnologia da Informação é o setor mais importante em um canal de e-commerce. Esse exagero levou ao esquecimento da logística, e, principalmente, que há tecnologia presente nessa operação, no transporte, entre outros”, enfatiza.

TI em ação

Di Giorgi cita alguns centros de distribuição que precisam processar e entregar cerca de 30 mil pedidos por dia, trabalham em três turnos com mais de 2.500 pessoas. “Como fazer tudo isso funcionar sem a tecnologia? É preciso fazer a roteirização do transporte da mercadoria, além do seu acompanhamento para ter certeza sobre o cumprimento de prazos. Se há qualquer problema na entrega, é a loja quem vai arcar com o prejuízo perante o consumidor. E, por consequência, irá cobrar de seus fornecedores”. Estima-se que o aumento da eficiência de entrega hoje está na casa dos 95%. “E quem controla tudo isso é a TI”.

Para o executivo, a tecnologia não é somente importante na parte de logística do e-commerce, mas também no SAC. “Cerca de 5% das vendas não se completam, pois o consumidor tem o direito de devolver o produto em até sete dias úteis e a loja tem que buscar a mercadoria sem fazer a cobrança de frete. O gerenciamento disso é complicado, pois é um processo complexo e pode acabar gerando um mau atendimento quando esse processo se torna ineficiente”.

O sucesso de uma loja de e-commerce, na visão de Di Giorgi , está fincado em três pilares: tecnologia, logística e talento comercial. Ele avalia o futuro desse mercado de forma otimista. “As lojas físicas vão ser obrigadas a investir em canais eletrônicos de venda para evitar a competição de itens e o enfraquecimento das vendas”, completa.
Fonte:DecisionReport16/02/2012

21 fevereiro 2012



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