07 fevereiro 2012

Pronta para ir à bolsa, ALE investe R$ 130 milhões

Distribuidora de combustíveis nega venda e estuda IPO para acelerar alta no segmento que é dominado por BR, Ipiranga e Raízen.

Quarta maior rede de distribuição de combustíveis do país, a ALE já tem pronta uma estrutura de relações com investidores e, segundo o presidente da companhia, Marcelo Alecrim, está preparada para abrir o capital. Ele só não diz se isso aconteceria ainda em 2012.

A opção de ir ao mercado de ações é apenas uma das estratégias da ALE para se manter em um mercado de gigantes. Com 5,5% de participação, A ALE disputa com marcas do porte de BR, Ipiranga e Raízen (Shell) que, juntas, respondem por mais de 70% do mercado.

Outra estratégia da empresa, e que será implementada ao longo deste ano, será a ampliação da rede de postos que ganharão mais 200 unidades - resultado de um investimento de R$ 130 milhões. Hoje, a ALE tem 1,7 mil postos de combustível espalhados por todo o país

Não está à venda
As movimentações da ALE são, segundo Alecrim, uma resposta aos recorrentes boatos sobre a eventual venda da empresa. Não que faltem candidatos. O problema é que Alecrim não parece disposto a se desfazer de sua empresa.

"Temos recebido diversas propostas de empresas dos mais variados setores e isso me deixa orgulhoso pois mostra que estamos no caminho certo", diz ele sem, no entanto, fechar a porta a eventuais interessados.

"Esse não é o momento de vender a empresa pois podemos nos valorizar com as muitas oportunidades que há nesse mercado", afirma o empresário.

O comentário do executivo refere-se a uma fatia de 25% do segmento que é formado por pequenas empresas que têm menos de 2% de participação.

A empresa deve fechar a compra de uma pequena rede nos próximos dias e a expectativa é ter mais 60 postos sob sua bandeira ainda no primeiro semestre.
"As oportunidades estão no Brasil inteiro mas com menor potencial na região Norte por causa das dificuldades da distribuição fluvial", diz.

No ano passado, a ALE faturou R$ 7,8 bilhões com a venda de 4 bilhões de litros de combustíveis, resultado 9% maior que o obtido em 2010.

Empresa pé quente
Neste ano, a empresa pretende aumentar em 8,65% o volume comercializado, alta que deve aumentar em R$ 300 milhões a receita da companhia.

Em 2012, a ALE pretende manter os investimentos no esporte para promover a marca.
No ano passado, a companhia destinou R$ 25 milhões para ações que abrangeram patrocínios em cinco times de futebol: Vasco, Flamengo, Cruzeiro, São Paulo e ABC de Natal, time do coração do presidente. "Tivemos sucesso nessa iniciativa pois a maioria foi campeã na temporada passada".

Para este ano, a empresa pretende manter a estratégia no esporte mas não divulga detalhes dos possíveis patrocínios. "É uma área que demanda altas cifras e ainda estamos estudando as oportunidades", completa o empresário. Por Fábio Suzuki
brasileconomico06/02/2012

07 fevereiro 2012



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